Postado às 15h59 | 10 Jun 2024
Ney Lopes
De cinco em cinco anos, realiza-se a segunda maior votação direta do planeta (primeira é a Índia) para a escolha dos 720 membros (2024-2029) do Parlamento Europeu.
Com os trabalhos eleitorais encerrados, os eleitores em 27 países apoiaram em grande proporção os centristas.
Em seguida vieram os partidos de extrema-direita, que fizeram grandes incursões na França e Alemanha, à medida que os eleitores estão preocupados com a questão da migração, inflação e o custo das reformas ambientais.
Os partidos de extrema-direita tiveram as melhores eleições para o Parlamento Europeu, com grandes ganhos em França, Alemanha e Itália, e conquistaram coletivamente quase um quarto dos assentos na Câmara.
Os grupos políticos centristas ainda mantêm uma clara maioria de mais de 403 assentos na assembleia.
Isso dá cerca de 10% de margem de manobra para obter os 361 votos da maioria do plenário.
Na França, Marine Le Pen obteve a vitória mais impressionante, conquistando 30 dos 81 assentos do país e mais que o dobro dos votos do partido do presidente Emmanuel Macron.
Esse massacre político levou Macron a convocar eleições antecipadas.
Nunca antes as eleições europeias tiveram um impacto tão devastador na política doméstica de um país do bloco.
A sua derrota nas urnas para os nacionalistas franceses de direita radical era esperada.
Mas, a decisão de dissolver o Parlamento, foi um choque político.
Ele havia cogitado esta ideia no ano passado, mas poucos esperavam esta medida agora. Sem dúvida grande risco para a liderança de Macron, que se considera um centrista e um europeu apaixonado.
Queda dos “verdes”
Os Verdes/Aliança Livre Europeia perderam um grande número de assentos , caindo de 71 para 52.
A primeira ministra Giorgia Meloni, de direita, conquistou 24 assentos e aumentou a sua quota de votos nacionais.
Os partidos de extrema-direita também lideraram as sondagens na Áustria e Hungria e Espanha.
Além do grande golpe em França, o grupo liberal “Renew” (Renovar a Europa) perdeu fortemente na Alemanha e Espanha, caindo globalmente de 102 para 80 lugares.
Manteve-se no terceiro lugar graças ao maior apoio em países como a Eslováquia.
A candidatura de Úrsula von der Leyen a um segundo mandato de cinco anos como presidente da União Europeia continua no caminho certo. O Partido Popular Europeu (PPE), do qual ela era a principal candidata oficial, obteve a sua sexta vitória consecutiva e aumentou o seu número de assentos.
Cerca de 51 por cento dos cidadãos da União Europeia votaram em todo o continente, um pouco mais do que nas últimas eleições, quando 50,7 por cento votaram.
A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás somente da China.
Se políticas protecionistas ganharem força com o avanço da ultradireita, as exportações brasileiras e os investimentos europeus no Brasil podem ser prejudicados.
Luís Vaz de Camões, escritor, é considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa.
Nasceu no ano de 1524 e faleceu em 11 de Junho de 1580.
Sua obra situa-se entre o classicismo e o maneirismo de alguns de seus sonetos.
Hoje em dia o Prêmio Luís de Camões, instituído em 1988 pelos governos do Brasil e Portugal, é o mais importante em língua portuguesa.
Entre as obras de Camões que se destacaram estão: Amor é fogo que arde sem se ver (1595),Verdes são os campos (1595), Que me quereis, perpétuas saudades¡ (1595), Sobolos rios que vão (1587), O Rei Seleuco (1587), Auto de Filodemo e Anfitrões (1587).