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Análise: "Brasil na busca da “vacina” salvadora"

Postado às 05h51 | 19 Jul 2020

Ney Lopes

O mundo gira em torno da busca de uma vacina, que imunize do coronavírus. Os maiores protagonistas dessa corrida são Estados Unidos e China. Mas, o Brasil não fica atrás. Segundo Ricardo Palacios, diretor médico de Pesquisa Clínica do Instituto Butantã (SP), “se tudo der certo, considerando a progressão epidemiológica, talvez tenhamos a distribuição da vacina para os grupos prioritários, a partir do primeiro trimestre do próximo ano”.

A vacina, a qual se refere o pesquisador, será a que está sendo desenvolvida, através do acordo entre o Butantã, ligado ao Governo paulista, e a farmacêutica chinesa “Sinovac Biotech”. A expectativa é de que a vacina seja ministrada em duas doses — a segunda entre 14 e 28 dias, após a primeira.

A pesquisa do Instituto Butantã e da Sinovach é a segunda no mundo, que já entra na última fase de testes. A outra é a da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a UNIFESP. Os Estados Unidos não querem ficar atrás nessa “corrida” pela vacina.

Até o momento, o governo prometeu colocar quase US$ 4 bilhões, em seis projetos de vacinas. Os americanos preocupam-se em ocultar os contratos assinados entre órgãos federais e as companhias, para evitar espionagem semelhante aquelas denúncias recentes, de que o governo russo teria invadido, através de “hackers”, sistemas de instituições acadêmicas e de empresas farmacêuticas.

Uma das principais “apostas” dos EEUU é a tecnologia em desenvolvimento pela “Novavax”, que usa células de mariposas para extrair moléculas fundamentais, num ritmo bem mais acelerado do que as vacinas tradicionais. Numa situação de pandemia, essa agilidade representaria tremenda vantagem.

Todavia, sabe-se que a descoberta de uma vacina é altamente imprevisível, e eventuais atrasos costumam ficar entre quatro paredes.

A humanidade espera, que os cientistas de todos os países, na busca da “vacina” salvadora, sigam o conselho de Confúcio, quando disse: Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer”.

 

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