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Análise: "Bolsonaro, Ciro e Lula"

Postado às 07h15 | 27 Ago 2022

Ney Lopes

A campanha presidencial agitou-se com os debates promovidos pelo Jornal Nacional.

A análise dos três primeiros colocados nas pesquisas, demonstra que Bolsonaro surpreendeu.

Pelo autocontrole mostrou que está no jogo e poderá “chegar lá”, nem que seja levado por uma decisão em pênaltis.

Ciro - Revelou preparo, firmeza e domínio das grandes questões nacionais.

Enfrenta quadro eleitoral adverso, por não ter formado coalizão ampla e depende unicamente do seu partido.

Fica sem espaço no rádio e TV para levar a sua mensagem.

Lula – Tem consciência de que a ida para o segundo turno poderá complicar a sua possível vitória.

Por isso deu “recado” para atrair os indecisos, sobretudo a classe média e liquidar a disputa já no primeiro turno.

Ancorou-se em Alckmin, um conservador tradicional, que se transformou em seu amigo de infância.

Repete o que fez com o empresário José Alencar, em 2002.

Direita e esquerda – Lastimável que a disputa esteja radicalizada entre direita e esquerda.

Ciro, que poderia ter acreditado na terceira via, centralizou o seu discurso político no contra Lula e Bolsonaro, fazendo o jogo dos dois favoritos.

O conselho bíblico de Moisés não foi levado em conta: “não se pode desviar da lei, nem para a direita nem para a esquerda, para que possa ser bem-sucedido por onde quer que andares”.

Jogo - O jogo começou, com o horário eleitoral gratuito. 

A plateia está mobilizada.

Olho aberto

Paulo Xavier – Não pode deixar de ser lido o livro do médico Paulo Xavier Trindade (“Menino na Guarita”) – diretor do Hospital Infantil Varela Santiago.

Edificante história de vida, cheia de desafios, a começar pela orfandade aos quatro anos de idade, quando perdeu o pai e a mãe.

Deixou o seu consultório privado e passou administrar com sucesso um hospital filantrópico.

Honra ao mérito!

FIERN – O industrial Roberto Serquiz será o futuro presidente da FIERN.

Hoje comanda a tradicional marca de água mineral Santa Maria, fundada pelo seu valoroso pai Pedro Alberto Serquiz Elias, exemplo de seriedade empresarial.

Excelente solução de consenso.

Moro I – Nunca admirei o estilo de Sergio Moro.

Dava-me a impressão de um ator.

Os fatos confirmam essa imagem.

A última dele foi golpear o senador Álvaro Dias, que o lançou candidato a presidente.

Diante da inviabilidade, se candidatou ao senado contra o seu benfeitor, no Paraná e a mulher disputa a Câmara Federal, em SP.

Moro II – As pesquisas mostram larga margem em favor de Álvaro Dias e a esposa do ex-juiz em má posição na disputa paulista.

“Aqui se faz, aqui se paga” é uma expressão popular da língua portuguesa.

Natal - Oportuna a proposta do senador Jean Paul Prates em favor do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, que permitirá a expansão do porto de Natal.

Seria um passo para instalação de polo exportador no Grande Natal.

Amigos – Faleceu um dos assessores próximos de Golbery e de Geisel, o coronel Heitor Aquino, 85.

Além de militar era intelectual.

Revisou livros da Coleção de História Mundial.

No RN, ele foi amigo próximo do Senador Carlos Alberto, já falecido.

Bom trabalho – Levantamento nacional coloca o RN em terceiro lugar na queda da violência.

Há de ser reconhecido o esforço e competência do secretário de Segurança Coronel Araújo e da Polícia Militar.

Fazem o que podem.

Corrupção – Numa hora em que se fala tanto de corrupção na política brasileira, vale a pena lembrar Machado de Assis:

Não é a ocasião que faz o ladrão, dizia ele a alguém; o provérbio está errado. A forma exata deve ser esta: “A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito”.

Avião elétrico - A “Harbour Air” do Canadá acaba de fazer história: foi a primeira empresa no mundo a realizar um voo com aeronave comercial elétrica.

Empate - Na disputa pelo Senado no RGS estão empatados tecnicamente o ex-governador Olívio Dutra (PT), que tem 25,2% e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), com 24,2%.

(Coluna publicada no jornal "Agora RN", Natal)

 

 

 

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