Postado às 05h46 | 25 Nov 2023
O derretimento das geleiras acelerou nas últimas três décadas.
Ney Lopes
Hoje em dia, não há mais quem duvide, que a onda de calor tem aumentado em todo o mundo.
Até bem pouco tempo, muitos consideravam aquecimento da terra coisa de “ambientalista”.
Não é mais assim.
Esse fenômeno está desafiando a própria existência do planeta.
Os especialistas começaram a alertar para o aquecimento global no ano de 1979, atualmente conhecido como mudança climática, que afeta os sistemas climáticos e meteorológicos do nosso planeta.
As mudanças climáticas englobam não apenas o aumento das temperaturas médias, mas também problemas com insetos, incêndios florestais, menos água disponível, colheitas menores e problemas de saúde nas cidades devido ao calor.
As alterações climáticas podem também agravar a erosão, o declínio da matéria orgânica, a salinização, a perda de biodiversidade do solo, os deslizamentos de terras, a desertificação e as inundações.
A principal causa do aquecimento é a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, que geram emissões de gases.
Os combustíveis fósseis são o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, todos provenientes da decomposição de seres vivos.
O dióxido de carbono , ou gás carbônico é emitido, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis nas atividades humanas.
Dióxido de carbono é um composto químico formado por moléculas, cada uma com um átomo de carbono ligado a dois átomos de oxigênio.
É encontrado em lagos, águas subterrâneas, calotas polares e água do mar.
O dióxido de carbono, representa algo em torno de 60% do total das emissões de gases de efeito estufa.
O dióxido de carbono é 53% mais denso que o ar seco, mas tem vida longa e se mistura completamente na atmosfera.
O apelo global tem sido no sentido dos países afastarem das suas economias os combustíveis fósseis, o mais rápido possível, investindo em energia renovável.
Isso significa mudar as principais fontes de energia para energia limpa e renovável, através de tecnologias como energia solar, eólica, ondulatória, maremotriz e geotérmica.
O mais desalentador é que as maiores potencias - China, Estados Unidos, Índia e União Europeia - possuem os totais de emissões mais altos do mundo.
Entre os 10 maiores emissores, EUA e Rússia são os que possuem as emissões per capita mais altas de dióxido de carbono.
Estudo diz que o período de novembro de 2022 a outubro de 2023 foi o mais quente no planeta, com calor global 1,3ºC acima dos níveis pré-industriais.
Cerca de 170 países, 7,8 bilhões de pessoas - 99% da humanidade - foram expostas a um calor acima da média.
Os recordes continuarão a ser superados no próximo ano, expondo bilhões de pessoas a um calor incomum.
Embora os impactos climáticos sejam mais graves nos países em desenvolvimento próximos ao Equador, o fato de vermos ondas de calor extremo provocadas pelo clima nos Estados Unidos, na Índia, no Japão e na Europa ressalta que ninguém está a salvo das mudanças climáticas.
Enquanto não houver uma educação ambiental, leis severas para os crimes ambientais, a sobrevivência dos recursos naturais está cada vez mais ameaçada.
Faltam poucos dias para o início em Dubai da maior conferência anual de alterações climáticas, promovida pelas Nações Unidas
Os líderes mundiais e grandes instituições reúnem-se para análise das alterações climáticas, com grandes dilemas em cima da mesa.
É aguardar para ver as cenas dos próximos capítulos.