Postado às 05h16 | 03 Mai 2022
No jogo da reeleição, o presidente aposta em cartas, à espera da decisão do Congresso, que serão fundamentais para reduzir tensões na economia.
A privatização da Eletrobrás é a principal aposta.
Para vender a estatal, precisa do aval do TCU. A expectativa é arrecadar R$ 100 bilhões.
Até hoje, o Executivo vendeu apenas uma estatal: a Companhia de Docas do Espírito Santo.
Pacote - O governo corre contra o tempo para aprovar o pacote "Mais Garantia Brasil", com potencial de mudar o mercado de capitais, de crédito, de seguros e garantias na agenda microeconômica
Registros - Entre as propostas está a criação do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos, que visa modernizar o sistema de registros públicos no país, desburocratizar
Cartórios e assegura maior facilidade para a consulta de informações registrais e envio de documentações para registro
Agronegócio- Outra proposta altera a chamada Lei do Agro e fornece garantia complementar em operações de crédito agrícola e pecuário.
O objetivo é simplificar as operações rurais e abrir a possibilidade de captação de recursos para o setor em outras fontes financeiras, e não apenas nos bancos.
Viagem I - O presidente Jair Bolsonaro viaja a Georgetown, capital da Guiana, na sexta-feira próxima. O governo tem interesse em firmar acordos de cooperação econômica com a Guiana, após as recentes descobertas de reservas de petróleo e gás no país.
Viagem II - Quem assumirá na sua ausência a Presidência da República será o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os nomes anteriores na linha de sucessão de Bolsonaro disputarão cargos no Legislativo e, por essa razão, não podem assumir a Presidência para não ficar inelegíveis.
Viagem III - O vice-presidente, Hamilton Mourão, é pré-candidato ao Senado no Rio Grande do Sul pelo Republicanos. E o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disputa a reeleição. Como Pacheco ainda tem mais quatro anos de mandato como senador e não disputará um outro cargo, ele pode assumir a Presidência
Vaquinha virtual - – A partir de 15 de maio libera-se a arrecadação para as eleições por financiamento coletivo.
É permitido aos pré-candidatos a arrecadação prévia de recurso.
A liberação fica condicionada ao registro de candidatura, obtenção do CNPJ e abertura de conta bancária pelo candidato.
Laranjas – Está complicada a vida dos candidatos que se registram apenas para constar na chapa.
Agora, com a redução do número de candidatos e a obrigação de alcançar quociente eleitoral elevado, os partidos querem distância dos “laranjas sem-voto”.
Ouvido no chão – Na eleição do RN, muito “zum zum” na chapa de senador dos governistas e de governo da oposição.
Prejuízo – O ex-ministro Zé Dirceu articula a campanha de Lula nos bastidores.
Para ele, caso se harmonizem os palanques em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e nordeste, a eleição do ex-presidente estará segura.
Muita calma – Enquanto isso, os petistas mais experientes recomendam, que se evite falar em vitória no primeiro turno.
Todas as vezes que o PT venceu foi em dois turnos, inclusive há 20 anos, quando era favorito contra José Serra.
Ademais, quem conta com a vitória no primeiro turno e não leva passa para o segundo com cheiro de derrotado.
Mancada I - Cresce no PT e no PSB a expectativa de que Geraldo Alckmin “retorne ao centro”.
Pega mal ele como esquerdista. A sua missão é aproximar Lula do agronegócio, evangélicos e mercado financeiro. A mancada foi o PSB tocar no último congresso partidário o hino da antiga União Soviética de 1917 a 1941, criado por Stalin.
Mancada II - O PSB não tem nada a ver com esse hino.
A legenda foi refundada em 2 de julho de 1985, por Antônio Houaiss (presidente), Marcelo Cerqueira, Roberto Amaral, Evandro Lins e Silva, Jamil Haddad, Joel Silveira, Rubem Braga e Evaristo de Moraes Filho, à frente de um grupo de estudantes e intelectuais.
Mancada III - Carlos Siqueira, presidente do PSB, cantou o refrão com o punho direito erguido, quando a tradição é usar o punho esquerdo.
Fatos como esse favorecem Bolsonaro, por alimentar a luta do bem contra o mal e da liberdade contra o comunismo.
Tudo ou nada – Os candidatos da terceira via à presidência jogam cartas decisivas.
Simone Tebet, Bivar e Janones terminam seus mandatos.
Os tucanos Dória e Leite não têm mais o poder que tinham.
Afinal, políticos pensam sempre na sobrevivência.
Cautela – O União Brasil pensou em aliar-se a Ciro Gomes.
Mas há certo recuo, depois que o pedetista respondeu a agressões, citando a mãe de um brasileiro de forma pesada.
Primeiro de maio – Nas ruas viu-se o retrato de um Brasil rachado ao meio.
Apoio - Rede Sustentabilidade decidiu apoiar Lula, mas não teve a adesão de sua principal líder, a ex-ministra Marina Silva.