Postado às 08h11 | 17 Abr 2025
Ney Lopes
Há um fenômeno preocupante no mundo contemporâneo. É a arte de manipular multidões. São técnicas para mentir e controlar as opiniões, que se aperfeiçoam na era da “pós-verdade”. Prosperam as falsas crenças, facilitando que os boatos igualmente cresçam. O curioso é que a mentira deve ter uma alta porcentagem de verdade para que seja mais acreditada. Terá ainda maior eficácia a mentira composta por uma verdade.
O “Panamá papers” é um exemplo. O escândalo refere-se a um conjunto de documentos confidenciais, que revelaram como pessoas ricas e poderosas usaram paraísos fiscais para esconder dinheiro. Foram denunciados casos reais de ocultação fiscal no Panamá. Entretanto, acrescentaram-se a lista nomes de quem “tem conta no Panamá”, mas sem relação com a ilegalidade. O subentendido transformou “ter uma conta no Panamá” em algo delituoso, quando não é crime realizar negócios no Panamá.
Por vezes os subentendidos são criados a partir de antecedentes que, reunindo todos os requisitos de veracidade, se projetam sobre circunstâncias que concordam somente em “parte” com eles. É o caso típico do “Panamá Papers”, exigindo, portanto, em tais situações, que a pessoa atacada por uma notícia falsa deve esclarecer a verdadeira versão das opiniões emitidas.
O estilo do presidente Trump lembra o cenário da “pós verdade”. É costume ele ignorar os fatos para produzir uma realidade alternativa, e há também seu desejo de gerar um culto à sua própria personalidade.
No mundo da desinformação é conhecida a fábrica russa de mentiras, que está ativa e se espalhando a novos continentes. Essa usina de desinformação interferiu nas eleições norte-americanas de 2016, numa operação preparada por um homem do círculo de Putin, que agora age também na África.
A Rússia prende seus próprios historiadores e destrói organizações que buscam a verdade. Como Yuri Dmitriev, por exemplo, cujo trabalho identificou as vítimas da repressão da era Stalin na Carélia.
Pelo visto, além dos arsenais de armas mortais a humanidade enfrena a era da pós verdade, que manipula fatos e pessoas.
+ Fala-se numa movimentação lúcida do setor privado e público para reivindicar maior número de cruzeiros marítimos aportando em Natal. É um caminho consistente para fortalecer o turismo.
+ Quando presidente, Obama todas as manhãs ao entrar no Salão Oval lia a frase gravada no piso: “O arco do universo moral é longo, mas se inclina para a justiça”.
+ Consumidores dos EUA correram para comprar carros antes das tarifas de automóveis de Trump. Vendas de veículos aumentam antes da implementação de impostos elevados
+ O mais alto tribunal do Reino Unido decidiu que a definição de “mulher” na legislação de igualdade se refere a alguém que nasce biologicamente mulher, um golpe para os defensores dos direitos das pessoas transgênero.
Dia Nacional da Botânica, o Dia Mundial da Hemofilia, o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária e o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores do Campo.
1492 — Espanha e Cristóvão Colombo assinam as Capitulações de Santa Fé para sua viagem à Ásia para adquirir especiarias.
1521 — Começa o julgamento de Martinho Lutero sobre seus ensinamentos durante a Dieta de Worms. Inicialmente intimidado, ele pede tempo para refletir antes de responder e é lhe concedido um dia.
1524 — Giovanni da Verrazano descobre a baía de Nova York.
1912 — Tropas russas abrem fogo contra mineiros grevistas, no Nordeste da Sibéria, matando pelo menos 150 trabalhadores.
1945 — Segunda Guerra Mundial: as forças brasileiras libertam dos nazistas a cidade de Montese, na Itália.
1946 — Síria obtém a sua independência da ocupação francesa.
1964 — Lançamento do Ford Mustang.
1970 — Programa Apollo: a malfadada nave espacial Apollo 13 retorna à Terra em segurança.
1996 — Brasil: Massacre de Eldorado dos Carajás.
2014 — A sonda Kepler da Nasa confirma a descoberta do primeiro planeta do tamanho da Terra na zona habitável de uma outra estrela.
2016 — A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou o relatório que pedia o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
2019 — Ex-presidente do Peru, Alan García suicida-se em meio a mandado de prisão por suposto envolvimento no caso Odebrecht
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