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Análise: "Aleluia! Covid cai no mundo"

Postado às 05h46 | 21 Fev 2021

Ney Lopes

Chega notícia animadora: mudou no mundo a direção da curva de contaminação da covid19. Pela primeira vez, caminha para seis semanas consecutivas de declínio de novos casos, o que não pode mais ser considerado um artifício estatístico. Trata-se de tendência clara.

Deve ficar esclarecido que as quedas não são definitivas. Falando do vírus, tudo o que desce pode acabar subindo.

Infelizmente, no Brasil, a oscilação tem sido para cima.

De acordo com dados da OMS, a pandemia atingiu o pico na semana de 4 de janeiro, com mais de cinco milhões de vítimas. Na semana passada, a última para a qual há dados consolidados, esse número caiu para quase a metade: 2,7 milhões dos 110 milhões de positivos que a pandemia acumula.

O maior declínio é nos Estados Unidos e Reino Unido, pelo fato de que esses países têm maior vantagem na vacinação de sua população. Mesmo diante dessa boa notícia deve, ainda, prevalecer a regra: “até que estejamos todos a salvo, ninguém estará a salvo”.

As próximas ondas da pandemia no mundo desenvolvido provavelmente não serão tão dolorosas quanto as anteriores graças às vacinas, mas sua eficácia corre perigo.

O cientista Antônio Trujillo, da Universidade Johns Hopkins, insiste que “como o vírus sofre mutação rapidamente, só conseguiremos controlá-lo se fortalecermos os sistemas de epidemiologia genética se analisarmos amostras para saber para onde está evoluindo”.

Na recente reunião dos líderes do G7 com o presidente dos EUA, Joe Biden, os países ricos se comprometeram a dobrar os recursos destinados à vacinação nos países de renda baixa e média até um total de 7 bilhões de dólares (cerca de 37,68 bilhões de reais). Entretanto, a verdade é que as doses não chegarão de forma maciça aos países mais pobres até que a maioria dos cidadãos dos países ricos tenha sido imunizada.

Mesmo assim, a queda da pandemia é uma luz que surge para a humanidade: Aleluia!

 

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