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Análise: "Ainda surgirão as vacinas definitivas"

Postado às 06h12 | 21 Out 2021

Ney Lopes

São comuns as reclamações, de que as vacinas aplicadas contra Covid podem gerar efeitos adversos.

A ciência repele e recomenda a imunização, justificando que essas reações sempre ocorreram, em relação a outras vacinas.

Desde que as primeiras vacinas contra a covid-19 foram liberadas, no final de 2020, apenas 16% da população mundial se acha totalmente protegida contra a doença.

Nesse período, oito vacinas criadas em tempo recorde conseguiram aprovação de agências reguladoras.

Na busca do aperfeiçoamento do imunizante, no momento, cerca de 120 novos estudos e e pesquisas são reconhecidos, dos quais 8 já se encontram na fase clínica – que é a testagem em humanos – em países como China, Reino Unido, Estados Unidos (EUA) e Alemanha.

Todo o esforço multinacional em curso serve para entendermos que, mesmo trabalhando dia e noite, os cientistas precisam de tempo para garantir que vacinas ou medicamentos ineficazes e pouco seguros não venham a prejudicar milhões de pessoas.

A bióloga Natalia Pasternak opinou sobre essa controvérsia e esclareceu que as vacinas que temos hoje para Covid-19 são de emergência.

O que se esperava delas era que fossem minimamente eficazes, e seguras, com produção rápida, para conter o avanço feroz do vírus.

Sabia-se que essas primeiras vacinas não seriam necessariamente as melhores, nem as mais adequadas para as diferentes realidades de cada povo ou país. Levando isso em conta, tivemos muita sorte, segundo Natalia.

Várias dessas vacinas foram sucessos nos primeiros testes clínicos, com eficácia muito maior do que se  esperava. Mas isso não quer dizer que todas são adequadas para produção permanente em todo o mundo.

Agora, começam a surgir os primeiros embriões do que serão as vacinas de Covid de segunda geração: aquelas planejadas e produzidas com mais folga, levando em conta não só a eficácia e a segurança, que, claro, são essenciais, mas também as condições de transporte, aplicação e custo.

 Os pesquisadores ainda têm um longo caminho, até chegar aos testes clínicos em humanos.

O mais preocupante no caso brasileiro é que serão necessários investimentos maciços em pesquisas em longo prazo e visão estratégica.

O que está se vendo é redução drástica dos recursos na ciência tecnologia, em razão das emergências sociais.

 De toda forma é promissora a informação, de que a vacinação contra a Covid 19 se aperfeiçoa e teremos em breve os imunizantes definitivos, em substituição aos atuais.

Abre-se uma janela de esperança!

 

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