Postado às 06h05 | 19 Abr 2021
Ney Lopes
A economia mundial acompanhou recentemente o bloqueio causado pelo navio “Ever Given”, no Canal de Suez, Egito.
Mesmo após a liberação total para passagem de navios, o problema continua, agora no plano jurídico.
A proprietária da embarcação, a empresa japonesa Shoei Kisen Kaisha, pediu desculpas pelo transtorno, mas não evitou que o governo egípcio bloqueasse a saída do “Ever”, que tem mais de 400 metros de comprimento e 220 mil toneladas de peso.
O objetivo da interdição é a exigência do pagamento de quase 1 bilhão de euros, a título de indenização. Enquanto esse pagamento não for concluído, o navio não sairá.
Essa compensação seria pelos trabalhos de remoção e atrasos nos transportes de mercadorias. Criou-se uma polêmica internacional, após as exigências do governo egípcio.
De um lado, alega-se que canal oi construído pelos franceses, logo não seria propriedade do país, mas sim a serviço de todas nações, como foi assinado um tratado nesse sentido.
Entretanto, há o argumento de que cargueiro não cumpriu as regras, estando em excesso de velocidade, sem rebocador durante uma tempestade (em que outros navios decidiram esperar), causando um acidente e sendo responsáveis pelos prejuízos daí resultantes, tanto para o Egito, como para vários países e empresas que ficaram semanas à espera da carga de todos os navios impedidos de passar.
Caso não haja uma intermediação internacional, será difícil a solução.
São interesses recíprocos em jogo, com a característica de que os japoneses, pelas ligações com os EEUUpoderão ter o apoio do Ocidente, para evitar instabilidade nas rotas de comércio, que utilizam o Canaz de Suez.
Agora é aguardar como a polêmica será desatada.