Postado às 04h53 | 09 Ago 2022
Ney Lopes
Terminado o prazo das Convenções, define-se o cenário eleitoral.
No plano nacional, nada parece mudar da radicalização atual entre Lula e Bolsonaro.
Na montagem das estratégias, o petista tem sido mais cauteloso e evita “bola dividida” para não se desgastar.
A sua meta é ampliar apoios.
O presidente dá ênfase a área social e promete o auxílio emergencial permanente de R$ 600 reais e reajuste na tabela de descontos do IR pessoa física.
Ex-presidente - Lula terá contra si maciça campanha apontando corrupção no seu governo.
A pesquisa Genial/Quaest mostra que para 49%, o ex-presidente sempre foi inocente e tudo o que aconteceu com ele foi uma grande armação, e 36% responderam que ele é culpado e deveria estar preso.
Presidente - Bolsonaro, com mais de 60% de rejeição, atinge a pior avaliação a esta altura do mandato, desde a redemocratização.
O seu maior desgaste, segundo pesquisas, é colocar dúvidas sobre o sistema eletrônico de votação no país.
Cerca de 82% da população brasileira confia no sistema de votação e nas urnas eletrônicas
Fato novo - No plano estadual, o senador Styvenson Valentim confirmou que será candidato ao Governo do RN.
Na maioria das pesquisas, ele está em segundo lugar.
Não se sabe o que acontecerá com os times em campo, sobretudo em razão da rejeição da governadora Fátima Bezerra, que na pesquisa da 98FM/Data Vero atinge 23.9%.
A candidata Clorisa Linhares aliou-se ao bolsonarismo e poderá esvaziar ainda mais a candidatura de Fábio Dantas.
Ostentação - Na disputa do Senado, o quadro é mais difícil de prever.
Caso seja fator decisivo a montagem de estrutura poderosa de governo, econômica, financeira e política, o eleito será Rogério Marinho.
O RN nunca assistiu numa eleição, as alianças até de grupos municipais adversários, como aquelas de apoio ao ex-ministro.
Ele, entretanto, terá que contrariar a máxima de Aluízio Alves, que dizia: “Nunca vi senador eleger governador. Só vi governador eleger senador”.
Imprevisível - Ainda na disputa do Senado, o ex-prefeito Carlos Eduardo, em situações normais, seria o vencedor, pelos dados divulgados.
Porém, o deputado Rafael Mota poderá surpreender, mostrando que “mingau quente se come pelas beiradas e pesquisas se lê nas entrelinhas”.
Largada – Em relação às eleições de 2022, já se pode afirmar como o narrador Fiori Giglioti:
"Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo".
Plano de saúde I – Não é mais possível esperar uma legislação séria, que regule os planos de saúde.
Atualmente, a preocupação é apenas proteger a estabilidade econômica dos planos.
Sem dúvida importante.
Entretanto, os direitos dos usuários, continuam negados e suspensos.
Abusos injustificáveis, sem fiscalização do governo.
Plano de saúde II - O tratamento de saúde não pode esperar.
Os planos são considerados saúde complementar e, portanto, obrigados a obedecerem ao princípio constitucional do artigo 196: “saúde é direitos de todos”.
Caso não possam garantir esse princípio, cabe ao poder regulatório do estado afastá-los do mercado.
Beto Rosado – Em 2018, o deputado Beto Rosado ao registrar-se no TRE declarou ter cor branca.
Em 2022, informa cor parda.
Alguma plástica? O MP quer saber.
Confissão – O ministro Ciro Nogueira, em entrevista, declarou que o partido do presidente Lula só está ganhando em dois estados, SP e RN
Os candidatos que o apoiam estão ganhando em Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Pará.
Não tem um candidato do Lula ganhando em outro estado.
Pisada de bola – O presidente decidiu enviar o ministro das Relações Exteriores para representá-lo no último domingo, na posse do novo presidente da Gustavo Petro.
Recusou-se a ir pelo eleito ser de esquerda.
Colômbia é tradicional parceiro do Brasil.