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Análise: "A volta do turismo"

Postado às 06h17 | 19 Mar 2021

Ney Lopes

Bill Gates, o fundador da Microsoft, que previu essa pandemia no nano 2015, profetizou no final de 2020 que "mais de 50% das viagens de negócios e de 30 % do tempo passado no escritório desapareceriam". Não é uma profecia feita por qualquer um. Por isso, e pelo brutal impacto que poderá vir a ter no turismo e nas viagens.

Vejamos por exemplo as viagens de negócios, que se encontram em queda pela realização “on line”de contatos comerciais, e participação em congressos, conferências, feiras, etc. Anteriormente, O turismo de lazer representava mais de três quartos das receitas mundiais do setor, mas o peso do turismo de negócios mais do que dobrou, em 2019.

Em 2019, os EUA foram o país onde o peso relativo do turismo de negócios foi maior, mas a União Europeia no seu conjunto figurou em segundo lugar, à frente da China e do Japão. Portugal foi o 10.º país no ranking mundial de eventos e reuniões, e Lisboa a segunda cidade nesse ranking.

A covid-19 bateu forte em ambas as componentes das viagens de negócios. As empresas de todo o mundo cancelaram praticamente todas as viagens e renderam-se às plataformas de videoconferência. A estimativa é que 20% a 25% do turismo de negócios tenha desaparecido para sempre.

Os otimistas alegam, que na crise econômica de 2008, previa-se o declínio permanente do turismo de negócios, mas afinal, e apesar de a sua retomada ter sido mais lenta do que a do turismo de lazer, voltou com mais força ainda.

Um fator favorável a essa retomada é a necessidade da fundamental presença física nos negócios.

A esperança é que o turismo volte a ser segmento econômico, que impulsiona as nações e permite maior comunicação entre os povos.

 

 

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