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Análise: "A síndrome dos domingos"

Postado às 06h11 | 18 Dez 2023

Ney Lopes

O internauta sente a “síndrome dos domingos”?

Este é um tema, que a psicologia e a economia têm estudado.

Essa síndrome é definida  como "sistêmica com uma constelação inespecífica de sintomas, incluindo fadiga, letargia ou astenia, distimia, irritabilidade, tontura, fotofobia, boca seca, mialgia e cefaleia na ausência de outra doença focal ou sistêmica".

Domingo é muitas vezes uma oportunidade de encontrar os amigos, botar o sono em dia e se recuperar da ressaca da noite anterior.

Mas para muitos, quando a tarde de domingo chega, um sentimento de intensa ansiedade e temor se instala — muitas vezes o chamado "medo dos domingos".

Não é de se surpreender que o "medo dos domingos" seja tão comum.

Afinal, pesquisas mostram que domingo é o dia mais infeliz da semana.

O medo dos domingos também pode acontecer, por causa de uma sobrecarga social, durante o fim de semana.

Isso pode ser verdade principalmente para pessoas que trabalham duro durante toda a semana ou para aquelas que são solteiras e que reservam o fim de semana como seu principal momento para socializar..

Uma regra seria terminar todas as tarefas antes do fim de semana, em vez de deixar para segunda de manhã.

Quando existem assuntos pendentes para resolver na segunda-feira, isso pode ter vários efeitos, incluindo arruinar noite de sono e provocar ansiedade.

Provavelmente, a principal razão para se sentir ansioso no domingo à noite é devido ao medo do trabalho na semana seguinte — especialmente aquelas tarefas odiadas.

Um artigo, publicado em 2021 pelo Journal of Applied Psychology, descobriu que as pessoas tendem a ser mais mal-educadas às segundas-feiras e se tornam mais cordiais à medida que a semana se desenrola.

Um artigo de 2015 de Yun Tae Hwang e Amy Kang publicado no Medical Journal of Australia chega a diagnosticar a “doença dos domingos”.

Um movimento mais amplo está promovendo a ideia de uma semana de trabalho de quatro dias, uma permutação da qual tornaria a segunda-feira parte do fim de semana .

A semana de 4 dias, como o próprio nome implica, é uma jornada de trabalho semanal com somente 4 dias úteis.

Isso implica que o número de horas trabalhadas por semana caia de 40 horas para 32 horas.

A iniciativa, que começou em 2019 na Nova Zelândia, ganhou força na pandemia de Covid-19 e se espalhou por países de Europa, África e América do Norte, está sob a gestão do movimento “4-Day Week”, comunidade sem fins lucrativos. que conta com o apoio da Reconnect Hapiness at Work para a realização do experimento no Brasil.

Tudo isto parece estranho.

Porém, essas preocupações desafiam a atividade econômica, que teme o alastramento dessa síndrome, refletetindo na produtividade do trabalhador.

Resta aguardar resultados de estudos e pequisas.

 

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