Postado às 07h13 | 05 Ago 2021
Ney Lopes
2020 é considerado o pior ano da história da aviação, em decorrência dos efeitos devastadores da pandemia de covid-19 sobre o transporte aéreo global.
Pesquisa da IATA apresenta dados impressionantes: 1,8 bilhão de passageiros voaram em 2020, uma redução de 60,2% em comparação com os 4,5 bilhões que voaram em 2019.
A demanda de viagens aéreas em todo o setor (medida em receita por passageiro-quilômetro, ou RPKs) caiu 65,9% ano a ano.
A procura de passageiros internacionais (RPKs) diminuiu 75,6% em comparação com o ano anterior.
A demanda doméstica de passageiros aéreos (RPKs) caiu 48,8% em comparação com 2019.
A conectividade aérea diminuiu em mais da metade em 2020, com o número de rotas conectando aeroportos caindo drasticamente no início da crise e caiu mais de 60% ano a ano em abril de 2020.
A receita total de passageiros da indústria caiu 69%, para US$ 189 bilhões em 2020, e as perdas líquidas foram de US$ 126,4 bilhões no total.
O declínio nos passageiros aéreos transportados em 2020 foi o maior registrado desde que RPKs globais começaram a ser rastreados por volta de 1950.
No auge da crise, em abril de 2020, 66% da frota de transporte aéreo comercial do mundo ficou paralisada porque os governos fecharam fronteiras ou impuseram quarentenas estritas.
Um milhão de empregos desapareceram.
O frete aéreo foi o ponto alto no transporte aéreo em 2020, à medida que o mercado se adaptou para manter as mercadorias em movimento - incluindo vacinas, equipamentos de proteção individual (EPI) e suprimentos médicos vitais - apesar da queda maciça na capacidade dos aviões de passageiros.
Realmente, uma crise sem precedentes, que não se sabe como o setor aéreo irá recuperar-se, ou se ocorrerão mudanças substanciais no uso dessa modalidade de transporte global.