Postado às 05h48 | 15 Abr 2021
Ney Lopes
O cenário da sucessão presidencial de 2022 sofreu ontem dois impactos.
Foram as decisões do STF, de um lado confirmando sem restrições a abertura da CPI da pandemia e de outro lado a admissibilidade de julgamento pelo plenário dos recursos sobre a anulação de condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ações da operação Lava Jato, que tramitaram originalmente na Vara Federal de Curitiba.
A maioria dos ministros decidiu que o plenário tem poderes para manter ou derrubar, total ou parcialmente, decisão tomada pela Segunda Turma do Supremo, que anulou processos do petista, por terem tramitado na Justiça de Curitiba --a determinação foi de mandar esses casos para a Justiça Federal do Distrito Federal.
A CPI instalada terá repercussões inevitáveis, não apenas no plano sucessório de 2022, quanto principalmente criará grandes dificuldades no combate a pandemia.
A previsão é de “troca troca” de acusações e insultos, de parte a parte. Isso acontecendo, passarão a existir as melhores condições possíveis para o vírus da Covid19 crescer e propagar-se.
Já o julgamento da decisão da segunda turma do STF, pelo plenário, sobre o ex-presidente Lula abre perspectivas de Lula não se tornar elegível e, portanto, não concorrer a um terceiro mandato presidencial em 2022.
Outra discussão que deve ocorrer é sobre se o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi parcial no processo de Lula do tríplex do Guarujá (SP).
Os fatos novos decorrentes de julgamento do STF, cada vez mais, transformam a sucessão presidencial de 2022 numa grande incógnita.