Postado às 16h57 | 29 Out 2020
Ney Lopes
Ataques terroristas contra a França vêm se sucedendo nos últimos dias. Tudo começou depois do Presidente Emmanuel Macron ter declarado, que continuaria a defender a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas até de Maomé, como aconteceu com o professor Samuel Paty, decapitado por esse motivo.
As últimas manifestações do mundo muçulmano contra a França prosseguiram esta manhã na cidade de Nice, na sequência de um ataque com arma branca., que resultou em três mortes. Também esta manhã, um homem armado tentou esfaquear polícias, mas acabou por ser abatido pelos agentes na cidade de Avignon.
Já em Lyon, um afegão foi preso quando tentava entrar num ônibus elétrico armado com faca. Recorda-se que Nice esteve igualmente enlutada em 2016, depois de ataque que deixou 86 mortos na famosa avenida Promenade des Anglais, em 14 de julho, em pleno feriado nacional. Os ataques contra a França, não ocorreram apenas em território francês.
Na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita, as forças de segurança sauditas detiveram hoje um cidadão que atacou guarda do consulado francês com objeto pontiagudo, deixando-o gravemente ferido.
O Presidente Macron decretou emergência nacional e anunciou o aumento de 3.000 para 7.000 dos soldados destinados a operação militar de vigilância antiterrorista para proteger principalmente os locais de culto em vésperas da festa católica de Todos os Santos, no domingo próximo.
A França sofre com atentados terroristas desde 2015, quando um ataque extremista em 7 de janeiro contra o semanário satírico Charlie Hebdo deixou 12 mortos. No dia 13 de novembro do mesmo ano, comando jihadista executou ataques coordenados em Paris, que mataram 130 pessoas.
O terrorismo ameaça à segurança não apenas da França, mas do continente europeu, abalando os valores das sociedades democráticas e os direitos e liberdades dos cidadãos.
Os acontecimentos que se repetem deixam a União Europeia em alerta permanente, na busca de soluções preventivas, que evitem novas catástrofes.