Postado às 06h33 | 31 Jan 2023
Ney Lopes
Amanhã, 1, a eleição para o comando do Senado Federal.
A disputa transformou-se no terceiro turno da eleição presidencial, pelo fato dos dois candidatos à presidência representarem projetos políticos antagônicos, já conhecidos no pleito recente.
Rodrigo - O mineiro senador Rodrigo Pacheco tenta a reeleição e conta com o apoio do presidente Lula.
Ele defende uma relação pacífica na Praça dos Três Poderes, abalada nos últimos quatro anos pelas investidas do governo Bolsonaro, que encontraram forte resistência do presidente do Senado.
Rogério - O conterrâneo senador Rogério Marinho defende a preservação do que considera avanços, tais como, a reforma trabalhista, a reforma previdenciária, autonomia do BC, lei de liberdade econômica, lei das terceirizações, as ações da PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
O senador Eduardo Girão (Podemos) também disputa a presidência, em linha independente.
Império - A história do Senado remonta ao próprio processo de Independência do Brasil: em 25 de março de 1824, foi outorgada a primeira Constituição brasileira que vigorou até o advento da República, em 1889.
Pela Constituição de 1824, os senadores eram vitalícios.
A Princesa Isabel foi a primeira senadora do Brasil.
Bolsonaro - O detalhe na disputa atual é a intervenção do presidente Bolsonaro, em favor de Rogério Marinho.
Mesmo à distância em Orlando (EUA), ele alimenta o forte desejo de conter o STF e votar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Rogério cresce - O candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco tem nos últimos levantamentos maior número de votos, mas o apoio ao senador Rogério Marinho cresce a cada dia.
Não havia declarado voto abertamente a maioria dos senadores do União Brasil, Podemos e o PSDB
Exige-se ao vencedor conquistar no mínimo 41 votos dos senadores.
Se nenhum candidato alcançar os votos necessários, a votação segue para segundo turno.
Em tempo - Na democracia, a ação pública é feita por meio de agentes políticos eleitos.
Sob esse aspecto, independente de posições políticas pessoais e com grandeza, seria melhor para o RN a vitória do senador Rogério Marinho.
Memória – Defendi em artigo recente, a comemoração oficial em Natal e Parnamirim, da Conferencia do Potengi, realizada em 28 de janeiro de 1943, na Rampa, quando se encontraram os presidentes Roosevelt dos Estados Unidos e Getúlio Vargas, do Brasil.
Oficial – Merece aplausos o desfile histórico, organizado por entidades civis e agora pela Fundação José Augusto, como ocorreu na última terça.
Todavia, não corresponde a importancia da data.
O encontro dos presidentes merece atos solenes, encenações, com a presença de chefes de estado estrangeiros, como ocorre na França, União Soviética e outros países, quando rememoram episódios da II GM.
Vitória – Essa Conferencia do Potengi foi decisiva para a vitória dos Aliados, na última guerra.
Certamente, confirmariam presença em Natal o Presidente dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido, o que significaria exposição internacional da nossa cidade e aumento do fluxo turístico.
Uma questão de criatividade e iniciativa dos governos e das entidades privadas.
Covid – A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu manter o nível máximo de alerta para a pandemia de covid-19, depois de uma reunião do Comité de Emergência dos Regulamentos Internacionais de Saúde.
Candidatos - Começam especulações sobre os possíveis candidatos a presidente da República em 2026 dos órfãos do bolsonarismo.
Na lista constam, até agora, o senador Hamilton Mourão, os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Jorginho Mello (governador de Santa Catarina), Ronaldo Caiado (governador de Goiás) e a própria Michelle Bolsonaro, que se tornou muito carismática.
Coca Cola – Difundida nas redes sociais a informação de que a Coca Cola com limão faz com que a vitamina C da fruta forme benzeno, uma substância tóxica e potencialmente cancerígena.
Não há, ainda, comprovação cientifica.
Gandhi - Mais de 90 anos depois surge outro Gandhi na Índia.
Bisneto de Nehru e neto de Indira Gandhi, caminhou 136 dias pelo país para revitalizar as bases do seu partido, depois dos desastres eleitorais.
A marcha percorreu 4080 km.