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Análise: "A derrota do radicalismo"

Postado às 06h18 | 13 Nov 2022

Ney Lopes

Dois exemplos globais recentes demonstram a derrota de posições radicais assumidas por líderes políticos.

Não se trata de ser esquerda, ou direita, mas sim derrotas dos extremismos.

Putin e Trump são os derrotados.

O premier russo há um mês nomeou o general Serguei Surovikin comandante-geral das forças russas em operação na Ucrânia.

A sua intenção era colocar um tipo de guerreiro cruel, necessário para levar ordem à invasão.

O novo comandante ganhou destaque por sua atuação na Síria ao realizar inúmeros ataques aéreos e terrestres a objetos e infraestruturas civis.

De acordo com relatório de 2020 da Human Rights Watch,  as forças russas sob seu comando, atacaram “casas, escolas, instalações de saúde e mercados sírios em nome da defesa dos interesses de Moscou”.

Ainda segundo o documento, os focos dos ataques eram locais onde as pessoas viviam, estudavam e trabalhavam.

A missão dada por Putin, na sua ânsia de poder, foi ocupar definitivamente a cidade de Kherson, território portuário e estratégico no sul da Ucrânia, localizado no Mar Negro, onde está instalada importante indústria de construção naval ucraniano e é um centro econômico regional.

Em aparição na Praça Vermelha, Putin declarou que a cidade de Kherson faria parte da Rússia por toda eternidade.

Assim não aconteceu e na última semana as tropas do sanguinário  general Serguei Surovikin bateram em retirada e a cidade já voltou ao domínio dos ucranianos.  

A situação fica cada dia mais difícil para Putin, que gradualmente desgasta a sua imagem de líder decisivo e irrefreável na guerra da Ucrânia.

Outro exemplo do extremismo derrotado é Donald Trump, nos Estados Unidos.

No final do dia de ontem, 12, chegou a notícia de que os democratas ganharam o senado em Nevada e assim garantiram o controle da Casa, um cenário considerado improvável antes da eleição de renovação do Congresso, ocorrida na terça-feira.

Os candidatos de Trump foram em sua maioria superados por políticos moderados, numa opção clara do eleitorado americano contra os radicalismos.

Franklin Roosevelt já dizia que “Um radical é um homem com os pés firmemente plantados no ar’.

E Winston Churchill completava: “Fanático é o sujeito que não muda de ideia e não pode mudar de assunto".

 

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