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Análise: "2022 começa com redução da pandemia"

Postado às 08h16 | 02 Jan 2022

Ney Lopes

No meio da tragédia da pandemia, 2022 começa com uma notícia que gera certo otimismo.

A variante Ômicron pode aumentar imunidade contra delta em até 4 vezes, diz pesquisa feita com 33 pessoas vacinadas ou não imunizadas infectadas pela nova cepa do coronavírus.

Um dos resultados descobertos pelos pesquisadores é que a neutralização da nova cepa aumentou 14 vezes em 14 dias, depois do registro de infecção.

Segundo os cientistas “o aumento da neutralização da variante delta em infectados com a ômicron pode resultar na diminuição da capacidade na cepa delta de infectar esses indivíduos”.

A África do Sul vem superando a onda de Ômicron, sem aumento significativo de mortes.

O número de novas infeções caiu quase 30% e houve uma queda nos internamentos hospitalares em oito das nove províncias.

Todos os indicadores sugerem que o país certamente ultrapassou o pico da quarta onda da pandemia, causada especialmente pela nova variante, embora seja muito mais contagiosa.

O certo otimismo decorre do fato de que, embora Ômicron tenha uma velocidade de transmissão maior que a Delta, parece causar menos risco de hospitalização e mortes, de acordo com estudos na África do Sul e no Reino Unido.

"A velocidade com que a quarta onda ligada à Ômicron cresceu, atingiu o pico e caiu é desconcertante. Um pico em quatro semanas e uma queda vertiginosa em duas", disse Fareed Abdullah, do Conselho Sul-Africano de Pesquisa Médica.

Enquanto muitos países multiplicam suas restrições a esta variante, o governo sul-africano decidiu suspender o toque de recolher vigente entre meia-noite e 4:00 da manhã.

Mesmo assim, o governo alerta que "o risco de aumento de infeções continua alto, dada a forte transmissibilidade da variante Ômicron".

Em relação as informações de alívio, os cientistas chamam a atenção para alto índice de infecções da Ômicron, que pode neutralizar essa aparente baixa virulência, causando também uma onda significativa de internamentos nas redes públicas de saúde.

A África do Sul é oficialmente o país mais atingido no continente africano, com mais de 3,4 milhões de casos e 91.000 mortes.

A esperança é que se aproxime a erradicação da Covid 19 no mundo.

Entretanto, no momento, a regra permanece a mesma: cautela e adoção de todas as medidas sanitárias recomendadas.

 

 

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