Postado às 06h55 | 10 Jan 2021
Ney Lopes
Um cientista norte-americano de origem russa, Peter Turchin, professor de Evolução Cultural e História das Civilizações da Universidade de Connecticut, atormenta a humanidade com as suas previsões.
Ele previu que 2020 seria um ano catastrófico. O mais grave: que 2021 será igual.
O ano desastroso da pandemia seria seguido por um período de crescente instabilidade política que, sobretudo no caso dos Estados Unidos, pode levar a um colapso violento do sistema, sendo possível até a guerra civil.
É assim o pensamento do Nostradamus da história atual, baseado em cálculos matemáticos. As suas previsões começam a se cumprir.
A mídia descreve o perfil de Turchin como um sujeito excêntrico, mas meticuloso, ex-biólogo formado na União Soviética e que emigrou para os Estados Unidos já na década de 1980, e que passou quase 30 anos estudando espécies parasitas como o besouro-do-esterco.
Já em plena maturidade, depois de resolver, segundo sua própria confissão “todas as incógnitas interessantes” de sua área de estudos, decidiu dedicar-se à sua outra grande paixão: a história da humanidade.
Segundo ele, partir de padrões pesquisados é possível “deduzir princípios gerais que explicam o funcionamento e a evolução ao longo do tempo das sociedades históricas”.
Ele acredita ter identificado pelo menos um desses padrões: a cada 50 anos, um longo período de instabilidade e violência política ocorre nos EEUU. Ocorreu nas décadas de 1870, 1920 e 1970, e a série histórica poderia se estender um século mais para trás, para incluir também 1770 e 1820.
Já em 2010, o terceiro ano da grande recessão contemporânea, Turchin estava convencido de que o padrão iria se repetir, que as placas tectônicas da agitação social estavam começando a se mover e que por volta de 2020 haveria, novamente, um cataclismo de graves consequências.
Resultado: aconteceu foi a pandemia.
Agora só resta aguardar.
E torcer para que em relação ao futuro Turchin esteja errado.