Postado às 07h42 | 31 Jan 2021
O governo alemão está a considerar afastar as pessoas com mais de 65 anos da lista do acesso prioritário à vacina da AstraZeneca contra a covid-19 devido a suspeita de falta de eficácia nesta faixa etária, confessou o ministro da Saúde, Jens Spahn.
Um dia após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovar esta vacina – a terceira disponível na União Europeia, juntando-se assim às vacina desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna -, o executivo de Angela Merkel reitera a sua desconfiança, preferindo seguir o conselho dos seus peritos, que alegam que "não existem dados suficientes para fazer uma declaração sobre a eficácia" da AstraZeneca nos idosos.
"Teremos agora de rever a ordem de vacina", afirmou o ministro Jens Spahn, com o intuito de querer “aplicar” a recomendação declaradas pelos especialistas nacionais, que contraria a posição da EMA, que autorizou a introdução da vacina no mercado sem quaisquer restrições etárias acima dos 18 anos.
Esta decisão oficial deve ser conhecida no início da próxima semana, dado que a chanceler alemã, Angela Merkel, convocou uma reunião com as entidades sanitárias sobre o assunto para segunda-feira, 1 de fevereiro.
O ministro da Saúde ainda indicou a administração da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford preferencialmente aos profissionais de saúde.
De momento, de acordo com o Instituto Robert Koch da Vigilância Sanitária, 2,2% da população alemã já tinha recebido a primeira dose da vacina até sexta-feira passada.
Apesar de se ter gerado uma polémica sobre os atrasos na entrega das vacinas, Jens Spahn disse, este domingo, que o país espera receber “cinco milhões dedoses adicionais até 22 de fevereiro”, entre as três vacinas que circulam na União Europeia. (Jornal português)