Postado às 05h56 | 16 Nov 2021
A semana começa com clima político tenso na área do bolsonarismo.
Os fatos que desafiam o presidente são graves: encontrar uma legenda que se submeta a sua vontade e apelar imediatamente para o Plano B, visando o pagamento em dezembro do Auxílio Brasil.
Senão vejamos.
Discussão – A suspensão da filiação de Bolsonaro ao PL foi motivada por sério conflito com Valdemar da Costa Neto, presidente do partido.
Como sempre, a discordância começou pelo filho Eduardo Bolsonaro, que deseja o comando da sigla em SP, o que foi negado por Waldemar.
Candidato - O presidente, em tom de intimidação, disse que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disputaria a sucessão de João Doria.
Valdemar rebateu: “você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu”.
Nesse momento, Bolsonaro mandou o líder do PL para “aquele lugar”.
Filiação - A filiação agora é vista como possibilidade distante.
Na tentativa de acordo, a cúpula do PL sugere Tarcísio como candidato ao Senado por Goiás, o que não agrada aos bolsonaristas
Preocupação– O governo esconde, mas as alas lúcidas do Planalto estão preocupadas com a queda vertiginosa de popularidade de Bolsonaro, em todas as pesquisas.
Os fanáticos atribuem que as enquetes são falsas e corruptas.
Verdadeiro delírio!
Plano B – Os “lúcidos” do governo desejam solução urgente para o Auxílio Brasil.
Eles acreditam que a PEC dos precatórios não será aprovada no Senado e que o texto poderá voltar à Câmara.
O Plano B é a decretação de novo estado de calamidade, justificando despesas fora do teto de gastos, ou a edição de uma medida provisória, permitindo o aumento no valor do Auxílio, por meio de créditos extraordinários.
Elevação – Esse grupo próximo do presidente defende elevar os pagamentos do benefício para R$ 600.
Quadro de caos – Com a economia sem dar sinais de melhora e a inflação subindo violentamente, o presidente está convencido da necessidade de uma “jogada” que reduza o seu desgaste.
Beco sem saída – Aparentemente, Bolsonaro está num “beco sem saída”.
Caso deixe de filiar-se ao PL, o retorno ao PP será dificílimo e de "custo" altíssimo.
Todos sabem que o projeto do PP é eleger uma bancada expressiva no Congresso Nacional, com recursos do governo, através de Ciro Nogueira e Arthur Lira.
Depois da eleição, poderá negociar com qualquer presidente da República, que for eleito.
Sempre foi assim!
Por que mudar agora?
Largada de Moro – A recente pesquisa Genial/Quaest mostra a rejeição a Moro em 74%, entre quem ganha até dois salários mínimo. Praticamente a mesma de Jair Bolsonaro, 73%.
O ex-ministro da Justiça vai um pouco melhor entre quem recebe de dois até cinco salários, com 49%. Bolsonaro é rejeitado por 65%, no segmento.
BLOG – Acesse e leia: https://www.blogdoneylopes.com.br/. Postagens com informação e análises políticas diárias.
Terceira via - Moro, Doria e Mandetta assumiram o compromisso de em dezembro retomarem diálogo sobre necessidade de afunilar as opções para derrotar Lula e Bolsonaro.
Aceitam abrir mão da candidatura à Presidência para apoiar o nome mais forte.
Covid I – O Reino Unido com 80% da população vacinada, decretou a reabertura liberal, sem uso da máscara.
O resultado é que aumenta o número de infecções, como ocorre também na Alemanha e França.
O percentual de não vacinados é preocupante, e pode resultar em um número maior de mortes.
Covid II - Alemanha prepara o regresso ao teletrabalho, devido ao aumento de infeções da Covid19.