Postado às 06h09 | 28 Fev 2023
Ney Lopes
A cada dia torna-se mais difícil encontrar alternativa para o fim da guerra da Ucrânia.
O fato novo é que no final de janeiro, após reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente Lula sugeriu a criação de um bloco de países neutros e interessados em pacificar a região.
A ideia prospera e até o presidente Zelinsky já deseja dialogar com o governante brasileiro.
Putin - A grande dificuldade é o temperamento autoritário de Putin, criticado pelos seus próprios assessores.
O ministro da Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confessou que o premier não ouve ninguém, antes de tomar decisões.
Completou, dizendo, que “Ele só tem três assessores”. “Ivan, o Terrível; Pedro, o Grande; e Catarina, a Grande”.
São três ditadores russos na história passada da então URSS.
Estilo - O exemplo emblemático do “estilo” Putin é que a declaração de guerra a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, pegou todo o seu “staff” de surpresa.
Pelo plano de invasão de Putin, os soldados russos tomariam Kiev em questão de dias numa “ação militar” brilhante, bem planejada e relativamente sem sangue.
Segredo - A cúpula militar russa tomou conhecimento da invasão apenas pela TV na manhã do dia do ataque, quando viu Putin declarar uma “operação militar especial”.
Saldo da guerra - Passado um ano, a invasão de Putin já resultou em mais de 200 mil mortos e feridos nas Forças Armadas da Rússia e exauriu seu estoque de tanques, de artilharia e de mísseis de cruzeiro, além de isolar o país dos mercados financeiros internacionais e das cadeias de suprimentos ocidentais.
Mesmo assim, Putin não dá nenhuma indicação de que pretenda recuar.
Mediação - A tentativa do presidente Lula em “mediar” o conflito entre Rússia e Ucrânia, relembra a nossa tradição diplomática, no caso da mediação entre Inglaterra, Brasil e Portugal, para o reconhecimento da independência política brasileira, consagrada no Tratado de Paz e Amizade, celebrado no Rio de Janeiro em 29 de agosto de 1825.
Tentativa - Seria um “sonho” admitir que Putin e Zelenski agissem porque o Brasil mandou.
Entretanto, é importante buscar uma mediação com a participação de outros países e o Brasil tem todas as condições, pelo fato de não manter conflitos geopolíticos .
Sem dúvida, uma tentativa!
Semana Santa – A Polícia Nacional da Nicarágua proibiu a Igreja Católica da Nicarágua de celebrar as procissões na rua durante a Quaresma e a Semana Santa.
O presidente Daniel Ortega descreveu padres, bispos, cardeais e o Papa Francisco como uma “máfia”
Contraste – Não há como comparar a visita do presidente Biden a céu aberto em Kiev e a maneira como Donald Trump correu para o bunker da Casa Branca diante de manifestantes desarmados na Praça Lafayette, em meio as manifestações contra a morte de George Floyd.
Seleção russa - Os jogadores brasileiros Malcolm e Claudinho, ambos do Zenith São Petersburgo, aceitaram a nacionalidade russa e desejam integrar a seleção nacional soviética.
Radical - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) é tido como político radical.
Mas começa a ceder.
Defende convivência “pacífica” e “respeitosa” com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem já foi ferrenho opositor.
Alega que nenhum Estado "sobrevive" sem parceria com o governo federal.
Fátima – Um dos objetivos da viagem da governadora Fátima Bezerra à Portugal é manter entendimento com as empresas do setor energético para avançar no processo de descarbonização da economia do estado e colaborar para a transição energética no RN e no Brasil.
Parnamirim – Airene Paiva é um bom nome que surge para disputar a prefeitura de Parnamirim.
Dívidas –Os consumidores terão uma oportunidade de negociar dívidas com os bancos, em condições especiais, que estiverem em atraso. O período será de amanhã até 31 de março.
Alerta - Pelo cronograma mensal de liberação de recursos fixado pelo governo para este ano, os parlamentares podem se preparar: as emendas ao Orçamento só vão jorrar no final do ano.
Michelle - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro anuncia o propósito de rodar o país, a partir de março.
Aspira a presidência da República. Deve ser apenas estratégia para manter aceso o bolsonarismo.
(Coluna publicada no jornal AGORA RN)