Postado às 05h56 | 05 Abr 2020
A forte volatilidade do mercado por conta da epidemia de coronavírus tem tirado o sono de investidores, até dos mais disciplinados, que amargam perdas expressivas especialmente em suas aplicações de maior risco, de renda variável.
Abrir o portfólio e ver um desempenho negativo no mês e no ano não é fácil. Mas resgatar seus investimentos e sair de uma vez do mercado também pode não ser a melhor saída.
Pensando nisso, a gestora americana Vanguard, com mais de US$ 6,2 trilhões em ativos sob gestão e conhecida por seus fundos de índice de baixo custo, publicou em seu site três pontos que podem ajudar o investidor na tomada de decisão. Confira:
Embora seja difícil controlar os ânimos em momentos de fortes oscilações, como o atual, a Vanguard destaca que é preciso ter em mente que uma vez que você liquidar o seu portfólio, isso não poderá ser mudado nem cancelado, mesmo se as condições de mercado melhorarem imediatamente. Dessa forma, você irá realizar as perdas e impedir que o montante seja recuperado com a volta dos ativos.
Se você é aposentado e depende do seu portfólio para renda, terá que fazer resgates independentemente das altas e baixas da Bolsa. Mas, segundo a Vanguard, não tem problema, uma vez que estará retirando apenas uma pequena fatia. É importante, contudo, que a carteira de investimentos seja construída de forma a suportar as flutuações do mercado, com ativos diversificados.
Quando a economia começar a se recuperar da crise, esse movimento já vai estar no preço dos ativos. Então é preciso ficar atento às oportunidades, ou você perderá a porta de entrada.
Em teoria e no melhor dos cenários, diz a Vanguard, o investidor deveria vender quando a Bolsa sobe e comprar quando ela cai. Mas ninguém consegue prever o mercado, nem mesmo os gestores mais experientes.
Pelo fato de não haver uma bola de cristal, se o investidor resgatar seus investimentos em meio à crise, ele poderá perder a retomada do mercado e quiçá os melhores dias para a Bolsa, comprometendo seus objetivos de longo prazo.
Para ilustrar isso, a Vanguard criou um exemplo hipotético, considerando a média anual de retornos do S&P 500 de 2000 a 2019.
Se o investidor tivesse aplicado US$ 100 mil em uma carteira de ações (nos Estados Unidos) por cerca de 20 anos, por exemplo, teria recebido um retorno anual médio pouco acima de 6%. (Infomoney)