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2021

Postado às 08h13 | 01 Jan 2021

Ney Lopes

Chego a 2021, com a família reunida (foto), tendo sido adotadas todas as precauções sanitárias recomendadas. Faltaram os abraços, os beijos afetuosos, os votos de Feliz Ano Novo, face a face.

Ausentes, alguns familiares e amigos, que antes, sempre dividiam conosco as alegrias do nascer de um novo ano. A regra foi evitar aglomerações. Em alguns países, essas reuniões familiares só poderiam ter a presença de até seis pessoas.

2020 deixou lembranças ácidas, mas também despertou para reflexões acerca de valores, a serem preservados. Sobretudo aqueles valores humanos, que cultivam sementes de solidariedade e fraternidade. 

O vírus mortal, igualou pobres e ricos. Todos enfrentam o temor da morte, pessoal e de entes queridos. De 2021 em diante, o mundo não será o mesmo.

A primeira conquista será a salvadora vacina, único meio de combater o flagelo. O incrível é que ainda existam correntes contrárias à vacina. Negam a ciência e o direito à vida.

Por mais que as medidas preventivas, como o isolamento social, dificultem a recuperação econômica, elas têm que ser adotadas. É preciso enxergar que não há outra alternativa, por mais que o sacrifício ronde os mais pobres.

A solução será a presença do Estado, com medidas emergenciais.

E aí surge outra lição deixada pela pandemia. O Estado não pode ser egoísta, individualista, buscando unicamente o lucro, como forma automática de resolver os demais problemas sociais.

Está provado não ser bem assim.

O Estado não é mínimo, nem máximo. Deve ser o “estado necessário”, capaz de garantir a dignidade humana, em todas dimensões.

Em momentos como o da pandemia, a presença do Estado fortalecido é a única luz no final do túnel.  Imagine-se o que aconteceria com um estado debilitado, sem recursos financeiros públicos, por ter abdicado de receitas para fortalecer a economia privada.

Sem dúvida, surgiria o retrato fiel do caos social.

Todos essas reflexões vêm à tona, por força da pandemia.

Acredita-se, que 2021 seja ano decisivo para a Humanidade.  Deverá nascer uma nova etapa de organização social, econômica e política das nações, com o objetivo de alcançar a Paz e o bem-estar coletivo.

Que assim seja!

 

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