Postado às 04h48 | 09 Mai 2018
El País
Donald Trump voltou a dar as costas ao mundo. No passo mais controvertido de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos rompeu o acordo nuclear com o Irã e reimpôs “em máximo nível” e de forma imediata as sanções contra a República Islâmica.
De pouco serviu a pressão combinada da França, Alemanha e Reino Unido.
Tampouco o freou o risco de que Oriente Médio despenque pela ladeira nuclear. Porta-estandarte do isolamento,
Trump decidiu fraturar o Ocidente e abrir uma era de instabilidade na região mais explosiva do planeta.
“Minha mensagem é clara: os EUA não lançam ameaças vazias”, afirmou.
Trump volta à sua origem.
O ponto de partida que nunca abandonou.
Alimentar o voto radical e destruir o legado de Barack Obama.
Esse é o algoritmo que define seus movimentos.
Não é acaso nem imprevisibilidade.
Trata-se de cumprir a doutrina da América Primeiro, muito antes que manter a sintonia internacional. Ocorreu com a saída do Pacto contra a Mudança Climática, com o Acordo Transpacífico, com o degelo com Cuba, com o veto aos muçulmanos, com os dreamers…
E agora aconteceu com o Irã.