Postado às 06h27 | 15 Abr 2018
O RN não é exceção na divisão interna do PSDB, que começa na cúpula nacional, com a tentativa explícita de afastamento de Geraldo Alckmin da disputa presidencial, pelo seu envolvimento com denuncias de corrupção.
No estado, o “choque” existe entre o presidente estadual do PSDB, Ezequiel Ferreira de Souza e o deputado federal Rogério Marinho, que nunca “engoliu” ter passado o comando partidário para o presidente da Assembleia Legislativa.
Ezequiel admite claramente a hipótese de receber o governador o Robinson Faria em aliança eleitoral.
Já Rogério Marinho, tido como engenhoso “estrategista” que surpreende quem lhe rodeia e com inegável influência entre os tucanos nacionais, defende a ida do PSDB-RN para a candidatura de Carlos Eduardo.
Por quê?
Rogério tem velha “rusga” com o senador José Agripino, desde os tempos do governo Rosalba, quando foi secretário de desenvolvimento.
Por isso, ele acha que está na hora de “dá o troco”, criando versões nos subterrâneos dos bastidores políticos, de que José Agripino é inviável eleitoralmente, o seu nome prejudica Carlos Eduardo e que deve ser substituído rapidamente na candidatura ao senado.
Assim agindo, Rogério pensa criar possíveis condições para a saída de Agripino e articula a indicação, em aliança partidária do PSDB com o PDT, DEM e MDB, do nome do ex-governador Geraldo Melo para o Senado, em dobradinha com Garibaldi Alves.
Geraldo já levaria como seus suplentes os nomes do ex-deputado Ezequiel Ferreira e o empresário Haroldo Azevedo.
Há, todavia, dificuldades pela frente.
Começa por peemedebistas, que alegam agressões e desentendimentos recentes de Geraldo Melo com Garibaldi, o que dificultaria a convivência na campanha.
Há também quem lembre inconveniências políticas desgastantes, ainda por fatos administrativos ocorridos no governo de Geraldo Melo e também o veto dos Alves, à época, a uma pretensa candidatura ao senado do então governador.
O quadro político mostra que, na verdade, o comando do PSDB hoje no RN é de Ezequiel Ferreira e não de Rogério Marinho.
Ele é quem ditará as “regras do jogo”, ouvidos os deputados Gustavo Carvalho, Larissa Rosado, Raimundo Fernandes, Gustavo Fernandes, Tomba Farias, José Dias e Márcia Maia, que montam estratégia para lhes garantir a reeleição, sem riscos.
Ezequiel, com méritos, tem se revelado fiel a compromissos – o que é fundamental em política-, adquirindo o status de líder desse grupo.
Outro fator fundamental para os tucanos será a garantia do candidato que venham a apoiar, da reeleição de Ezequiel Ferreira para mais quatro anos como Presidente da Assembleia Legislativa do RN.
Até a primeira semana de agosto, muita água irá rolar...
Só resta aguardar!