Postado às 05h25 | 11 Jul 2018
Reuters
Três mergulhadores australianos, que pediram anonimato, contam que, quando se encontravam na "câmara três", uma base dentro da gruta, ouviram gritos e viram tochas a agitar-se, enquanto os trabalhadores tentavam encontrar solo seco.
"Os gritos começaram porque as bombas principais falharam e a água começou a subir", disse um dos mergulhadores.
Segundo os relatos, os 100 trabalhadores que se encontravam na gruta correram apressadamente para a saída e conseguiram sair aproximadamente uma hora depois.
A viagem entre a câmara três e a saída, que inicialmente demorava cerca de quatro a cinco horas, foi reduzida a menos de uma hora graças a uma semana a bombear água para fora da gruta e à limpeza de lemas feita pela equipe de salvamento.
Recorde-se que os 12 rapazes, entre os 11 e os 16 anos, e o treinador, de 25, foram explorar a gruta depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho.
Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só era possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.
Os jovens ficaram presos a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetaram a zona, o que obrigou a que parte do percurso tivesse que ser feito debaixo de água e sem visibilidade.