Postado às 06h18 | 26 Mai 2018
Diante da continuidade da paralisação de caminhoneiros ontem, mesmo após anúncio sobre acordo, o Planalto recorreu a ações policiais e judiciais para desmobilizar os protestos.
O presidente Michel Temer (MDB) anunciou plano de segurança que inclui o emprego das Forças Armadas para liberar as estradas federais obstruídas e viabilizar o abastecimento.
O governo, que apura a suposta participação de empresários no movimento, ainda editou decreto que estabelece a aplicação da GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em todo o país e ameaçou decretar confisco temporário de caminhões.
Disse ainda investigar 20 dirigentes de empresas.
Após a ação, ministros anunciaram a liberação do acesso à Refinaria Duque de Caxias, no Rio, e ao porto de Santos (SP).
Disseram ainda que as obstruções haviam sido reduzidas em 45%. José da Fonseca Lopes, presidente da Abcam (associação de caminhoneiros), disse ontem que “pode correr sangue” nas estradas a depender do emprego de força policial.
Em nota, a entidade contemporizou.
A paralisação causou um racha no agronegócio. Enquanto produtores de grãos apoiam o protesto, o setor de carnes quer o fim dos bloqueios.