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Opinião do blog: "vacina não é negócio lucrativo"

Postado às 06h15 | 22 Mai 2020

Ney Lopes

Enquanto aumentam as estatísticas de vítimas do coronavirus, cresce a expectativa pelo surgimento de uma vacina. Um fato novo surgiu nos últimos dias.

Estudo publicado na conceituada revista cientifica “Science”, esclarece que múltiplas vacinas serão necessárias para combater o vírus. O estudo reconhece, que ainda se sabe pouco sobre como produzir resposta imune à doença.

Os autores da pesquisa chamam atenção para dificuldades que surgirão para tornar possível a imunização da população mundial e protegê-la da doença. Outro desafio será a capacidade de produzir as potenciais vacinas, assim que os estudos avancem. É necessário financiar a infraestrutura de biomanufatura das doses e outros custos, como o do sistema de distribuição para todas as partes do planeta.  Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 110 vacinas contra a doença estão atualmente sendo pesquisadas.

Trump afirma que os Estados Unidos teriam a vacina, até dezembro desde ano. Talvez, seja uma promessa de campanha! Estimativas tidas como otimistas, falam de um ano a um ano e meio para o surgimento da imunização capaz de proteger a população. E isso já seria um recorde na história da humanidade.

A vacina mais rápida a ficar pronta foi a contra a “caxumba”, criada nos anos 1960, cujo processo levou quatro anos. A companhia farmacêutica Moderna, com sede em Cambridge, nos EUA, está de “boca aberta” para obter lucros altíssimos e chegou a anunciar que obtivera resultados positivos em testes com humanos.

Depois foi desmentido e suas ações caíram na Bolsa. A verdade é que em meio a tantos sofrimentos, percebe-se que empresas farmacêuticas consideram o vírus oportunidade de ganhar dinheiro.

Sou pessoalmente favorável a patente, como direito legítimo do inventor. Entretanto, certamente pós pandemia, a “patente” terá novo conceito, vinculando esse direito ao interesse social, quando for o caso de “salvar vidas humanas”.

Afinal é preciso reconhecer, que a vacina contra a pandemia atual não poderá transformar-se em objeto de lucro privado!

 

 

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