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O que diz a mídia sobre votação do primeiro turno da reforma da Previdência

Postado às 05h20 | 11 Jul 2019

GLOBO

Sob a liderança de seu presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Câmara dos Deputados aprovou ontem em primeiro turno, pelo expressivo placar de 379 votos a favor e 131 contra, a reforma da Previdência, que estabelece idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Haverá quatro regras de transição para trabalhadores da iniciativa privada (INSS) e duas para servidores federais. Eram necessários 308 votos para mudar a Constituição. Os cálculos do governo apontavam até 360 votos.

A diferença veio dos votos favoráveis de 19 deputados do PDT e do PSB, partidos de esquerda que haviam fechado questão contra a reforma. Último a discursar da tribuna antes do anúncio do resultado, Maia defendeu o protagonismo do Congresso e disse que “as soluções passam pela política”, em recado indireto ao presidente Jair Bolsonaro.

Ele alertou que não haverá investimentos privados sem democracia forte. A votação de destaques, que podem beneficiar policiais federais com regras mais brandas, continua hoje. O secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, mostrou-se preocupado com as alterações que ainda podem desidratar a reforma.

“A nossa intenção é termos impacto fiscal na casa do R$ 1 trilhão”, afirmou. O segundo turno de votação da reforma deve acontecer até sábado de manhã. Após o recesso de julho, a reforma irá para o Senado. Bolsonaro comemorou a vitória nas redes sociais e deu os parabéns a Maia. “O Brasil está cada vez mais próximo de entrar no caminho do emprego e da prosperidade”, afirmou.

ESTADO

Por 379 votos a 131, a Câmara dos Deputados aprovou ontem em primeiro turno a PEC da reforma da Previdência. O resultado, com folga de 71 votos, ficou acima das expectativas do governo e pode ser considerado uma vitória pessoal do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Principal avalista da proposta, ele realçou o protagonismo do Congresso na reforma e marcou diferenças com o Planalto em discurso.

“Não haverá investimento privado sem democracia forte. Investidor de longo prazo não investe em país que ataca as instituições”, disse. O texto fixa idade mínima de 65 anos para homens e de 62 para mulheres se aposentarem e tempo mínimo de contribuição de 20 e 15 anos, respectivamente. Professores e policiais terão regras mais brandas.

Hoje serão analisados destaques dos partidos, o que ainda pode alterar pontos da reforma. Sem mudanças, o ganho previsto é de R$ 987,5 bilhões em dez anos. O Ibovespa fechou em alta e o dólar recuou a R$ 3,75. A reforma passará por nova votação na Câmara e depois segue para o Senado, onde precisa de 49 votos. 

FOLHA

Em articulação liderada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o plenário aprovou, em primeiro turno, o texto-base da reforma da Previdência, uma das prioridades do governo. A proposta fixa idade mínima de aposentadoria de 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher, a trabalhadores do setor privado e servidores federais. Quem está na ativa tem direito a uma transição. Foram 379 votos a favor — 71 a mais que o mínimo necessário; 131 votaram contra.

O apoio foi maior do que o obtido pelo então presidente Lula em 2003 com sua reforma (358 deputados). As falhas do Executivo em negociar a reforma levaram Maia a se tornar protagonista na condução do projeto. Nas falas dos líderes partidários, Jair Bolsonaro (PSL) quase não foi citado.

Em um discurso com tom irônico diante dos ataques do governo ao Congresso, o presidente da Casa disse que os membros do centrão, “esta coisa do mal”, foram cruciais para o texto ser aprovado. Serão analisados hoje cerca de 20 “destaques” — tentativas de alterar pontos da proposta. A Câmara ainda faz votação em segundo turno do projeto, que depois vai para o Senado.

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