Notícias

O jogo político por trás da escolha do árbitro de Brasil x Bélgica

Postado às 06h08 | 06 Jul 2018

Diori Vasconcelos

A escolha do árbitro de Brasil x Bélgica evidencia o jogo político que está por trás da escala das quartas de final da Copa da Rússia. A entidade máxima do futebol trabalhou com os nomes certos para acomodar os interesses e deixar todos os envolvidos satisfeitos. 

Até os jogos das oitavas de final, o critério de "isenção continental" foi respeitado. As partidas sempre tiveram "árbitros de fora" quando as seleções envolvidas eram de dois continentes diferentes. O jogo entre Brasil e México teve um juiz da Europa e o duelo entre Bélgica e Japão teve apito africano, por exemplo.

Essa lógica não será mantida nas quartas de final. O motivo é a preocupação com o nível dos árbitros no momento em que a competição começa a afunilar

Por isso, o jogo entre Brasil e Bélgica será comandado por um árbitro da Europa. Quem apita é Milorad Mazic, da Sérvia. Para equilibrar a balança, um árbitro argentino foi colocado no outro duelo entre sul-americano e europeu. Néstor Pitana está designado em Uruguai x França. Uma escala cruzada que poderia gerar o entendimento de que a Seleção Brasileira foi "prejudicada" na escolha.

É aí que esse quebra-cabeça ganha mais uma peça verde-amarela. O árbitro de Rússia x Croácia é o brasileiro Sandro Meira Ricci. Assim, ficaria previamente resolvida uma possível insatisfação da CBF com a colocação de um juiz europeu no jogo entre Brasil x Bégica. 

Por fim, o duelo entre Suécia e Inglaterra ganhou um árbitro "local". O holandês Bjorn Kuipers será o responsável pelo confronto entre os times da Europa.

Uma escala de arbitragem para resolver extra-campo, mas que consegue oferecer bom nível técnico para que o campo não seja problema. Poderíamos dizer que foi uma solução com jeitinho brasileiro no padrão Fifa.

 

Deixe sua Opinião