Postado às 05h00 | 18 Mai 2018
Carlos Newton
O site Brasil 247 publicou uma matéria que faz sucesso na internet, mostrando que Jair Bolsonaro já teve uma opinião bem diferente do comunismo e da política na Venezuela.
Em uma antiga entrevista ao Estado de S.Paulo, o parlamentar foi só elogios ao bolivariano Hugo Chávez.
Ao ser perguntado sobre o que representava Chávez ao ser eleito presidente da Venezuela, o deputado Bolsonaro, que era do PPB, respondeu:
“Ele é uma esperança para a América Latina e gostaria muito que essa filosofia fosse adotada no Brasil.
Acho ele ímpar. Pretendo ir à Venezuela e tentar conhecê-lo. Quero passar uma semana por lá e ver se consigo uma audiência”, disse.
Depois de comparar o coronel Chávez ao marechal Castelo Branco, o parlamentar disse:
“Acho que ele vai fazer o que os militares fizeram no Brasil em 1964, com muito mais força.
Só espero que a oposição não descaminhe para a guerrilha, como fez aqui.
Ao ser questionado sobre o apoio dos comunistas a Chávez, Bolsonaro respondeu:
“Ele não é anticomunista, e eu também não sou. Na verdade, não há nada de mais próximo do comunismo do que o meio militar”.
A propósito de comunismo leia-se o registro da imprensa nacional a seguir:
Em 2016, 25 anos mais tarde, o filho do presidenciável, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos maiores articuladores da sua candidatura a presidente da República, apresentou um projeto de lei que criminaliza a apologia ao comunismo e proíbe a veiculação de propaganda que utilize a foice e o martelo para divulgar o comunismo.
E mais:
Documentos do extinto Serviço Nacional de Informação (SNI) registraram, em setembro de 1991, que o deputado federal Jair Bolsonaro procurou o presidente do Partido Comunista Brasileiro (PCB), deputado Roberto Freire (PE), para pedir apoio ao reajuste dos militares, que estariam defasados naquela época.