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Leia na íntegra denuncias do MPF, contra "guru" econômico de Bolsonaro, por fraudes em negócios com fundos de pensão

Postado às 15h20 | 10 Out 2018

A Procuradoria da República no Distrito Federal (MPF-DF) abriu investigação contra o economista Paulo Guedes, principal assessor econômico do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), por suspeita de que cometeu crimes em operações com fundos de pensão de empresas estatais, segundo documentos da apuração obtidos nesta quarta-feira pela Reuters.

Na investigação conduzida pela força-tarefa da operação Greenfield a partir de relatórios da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o MPF apura se Guedes, controlador do Grupo HSM Brasil, cometeu dois delitos da Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional: gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e se emitiu e negociou títulos mobiliários sem lastro ou garantias.

Uma nota técnica da Previc, citada pelo MPF, informa que “há relevantes indícios de que, entre os meses de fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ, Postalis (todas alvos da Operação Greenfield), Infaprev, Banesprev e Fipecq e da sociedade por ações BNDESPar possam ter se consorciado com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes (...), controlador do Grupo HSM Brasil, a fim de cometerem crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras equiparadas e emissão e negociação de títulos mobiliários sem lastros ou garantias, relacionados a investimentos no FIP BR Educacional.”

O grupo de Guedes conseguiu captar 1 bilhão de reais nessas operações, de acordo com a investigação, que foi revelada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada posteriormente à Reuters por um procurador com conhecimento direto do caso.

Procurados, Paulo Guedes e Bolsonaro não se manifestaram de imediato sobre a investigação.

Bolsonaro vai enfrentar o candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da eleição presidencial, no dia 28 de outubro, após ter sido o mais votado no primeiro turno com 46 por cento dos votos, enquanto Haddad ficou em segundo lugar com 29 por cento.

O caso envolve a suspeita de gestão fraudulenta e temerária à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013. Também é investigada a emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias.

LEIA AS DENUNCIAS N A ÍNTEGRA:

Documento 1

Documento 2

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