Postado às 04h23 | 21 Mai 2019
Estado
Existe grande preocupação, entre players da iniciativa privada, diante do desgaste do Congresso com o Poder Executivo. A notícia do “texto alternativo” para a Previdência, que leva a marca do Congresso, aprofundou a tensão.
Entretanto, segundo integrante do mercado financeiro carioca, tem que se lembrar que há mais afinidade entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia do que muita gente imagina.
A relação entre os dois começou nos anos 90, quando Maia, depois de formado na faculdade de economia da Candido Mendes – onde teve aula com professor Guedes –, passou a trabalhar no Banco BMG e depois, no Icatu.
O presidente da Câmara atuou mais de dez anos no setor financeiro antes optar pela política. Isto é, conhece o andar da carruagem dos mercados e da economia.
Como tem demonstrado, Maia entende também de articulação política.
Semana passada, conforme essa coluna registrou, chamou atenção, durante os seminários e eventos organizados pelo sistema financeiro em NY, a sintonia dos discursos feitos pelo presidente da Câmara, por Davi Alcolumbre e por Dias Tofolli.
Analistas de grande banco de investimentos estrangeiro, com filial no Brasil, têm defendido a tese do “quanto pior, melhor”.
Não, não é o que parece. Acreditam que quanto… menor a possibilidade de Bolsonaro chegar a se equilibrar e tentar a reeleição, maiores as chances da reforma da Previdência e outras serem aprovadas.