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Maia dá avisos ao governo, e aliados veem anúncio de agenda própria do Congresso

Postado às 05h37 | 11 Jul 2019

Painel

De alma lavada Ao concluir missão que tomou como pessoal, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviou recados explícitos ao Planalto. No discurso que selou a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência, enalteceu o Parlamento, os partidos, seus líderes, a oposição e o STF. Tudo o que o bolsonarismo abomina. Nenhum aliado dele crê que o governo vá dividir os louros da vitória. Por isso, a fala foi vista como o anúncio de que a Casa, agora, tem uma agenda para chamar de sua.

Sem tempo, irmão As linhas gerais dos próximos passos do Congresso foram delineadas também no discurso de Maia: reforma tributária e administrativa. Os detalhes desse macroprojeto serão alinhavados no recesso. Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vão dedicar boa parte do período a isso.

Homem de ferroPaulo Guedes (Economia) estava em uma reunião quando o resultado da votação na Câmara foi anunciado. Interromperam a conversa para avisá-lo. O ministro percorreu corredores parabenizando técnicos que trabalharam na proposta e estavam aos prantos, emocionados. Ele mesmo não chorou.

Foi-se No início do ano, Maia e Guedes estavam em sintonia. Nesta quarta (10), no discurso que fez antes de anunciar a aprovação da reforma, o presidente da Câmara mencionou diversos integrantes do governo e do Congresso, mas não citou o nome de Guedes.

Melhor que a encomenda O placar pró-reforma foi tão majoritário (379 votos) que nenhum deputado do DEM ou do PRB, bancadas que fizeram bolão, acertou o resultado. Na primeira sigla, o parlamentar que chegou mais perto chutou 361 votos. O Democratas decidiu fazer um churrasco com o valor total da aposta.

Em frangalhos Mais do que derrotada, a oposição concluiu a votação da reforma rachada. No PDT e no PSB, siglas que ameaçaram filiados que votassem com o governo, houve cerca de 30% de votos a favor das novas regras de aposentadoria. Entre os socialistas, muitos apostavam em crise com a cúpula partidária.

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