Postado às 09h52 | 06 Mar 2019
Diario do Poder
A operação Lava Jato da Educação devassa esquema de corrupção no MEC envolvendo programas como Universidade para Todos (ProUni) e de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), de orçamento bilionário. Criado em 2005, a pretexto de dar bolsas a alunos pobres, o ProUni foi uma boa ideia que se transformou em um novo cartório de transferência de dinheiro público para donos de universidades privadas. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Com renúncia fiscal de mais de R$100 milhões e gastos de R$1,6 bilhão, o ProUni concedeu mais 417.276 bolsas em 2018.
Outro foco da Lava Jato da Educação é o Pronatec, que em 2018 consumiu R$141,2 milhões dos contribuintes.
A devassa que a Lava Jato promove no Pronatec alcança também entidades do Sistema S, sobretudo CNI. Meteram a mão para valer.
A investigação é uma das principais metas no Ministério da Educação dentro do plano de ações dos 100 primeiros dias do novo governo.
Informa a imprensa que após o anúncio, ações de empresas da área de educação caíram na Bolsa de Valores: a Ser Educacional caiu 10,3%, a Kroton, 8,3%, a Estácio, 6,5% e a Anima, 6%.
São instituições de ensino que mantêm contratos e convênios com o governo federal.
O caso do ProUni Criado pelo governo federal em 2004, no governo Lula, o programa oferece bolsas de estudo em instituições particulares de educação superior.
No programa, centros universitários, faculdades e universidades particulares podem oferecer bolsas integrais e parciais (50% da mensalidade) a jovens com renda per capita familiar de até três salários mínimos, em troca de isenções fiscais.
Em 2009, uma investigação aberta pelo próprio MEC, à época comandado por Haddad, indicou que instituições participantes do programa sonegaram 10 mil bolsas que deveriam ter sido concedidas. Ainda em 2009, o Tribunal de Contas da União fez uma auditoria e apontou suspeitas sobre mais de 30 mil bolsas, concedidas a estudantes com renda muito superior à máxima permitida e a outros beneficiários que já haviam concluído o curso superior.
Em 2013, o MEC publicou uma portaria que instituía uma investigação de fraudes no programa