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Grupo que se opõe a Putin invadiu estádio durante final da Copa e governo russo proibiu transmissão de imagens na TV

Postado às 17h50 | 15 Jul 2018

Uma mulher que irrompeu na final da Copa do Mundo é arrastada para fora do campo.. O protesto foi um golpe contra as pretensões do presidente Vladimir Putin de mostrar um país onde os questionamentos contra seu governo não existem. Assim que conseguiram entrar em campo, cada uma delas correu para um lado do campo. Mas a transmissão da TV deixou de mostrar as imagens a mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo.

El País

banda punk Pussy Riot garantiu neste domingo que quatro de seus integrantes, dois homens e duas mulheres, foram quem invadiram o campo durante a realização da final da Copa do Mundo da Rússia 2018.

Os quatro integrantes do coletivo de origem russa, que se opõe ao Governo de Vladimir Putin, conseguiram burlar a segurança e chegar ao terreno do jogo, enquanto Croácia e França se enfrentavam no estádio Luzhniki de Moscou

Os quatro invasores entraram no campo do jogo aos 52 minutos da partida, saindo de trás do gol francês e interrompendo brevemente a partida.

 

A agência Reuters informou que, segundo afirmaram seus fotógrafos, usavam uniformes de policiais.

Estavam vestidos com calças pretas, camisa branca, gravata e chapéu, e tocaram as palmas das mãos dos jogadores, o que Mbappé, por exemplo, retribuiu.

Em um comunicado, o coletivo explica que neste domingo, 15 de julho, completam-se 11 anos da morte do poeta russo Dimitri Prigov, a quem atribuem a autoria do conceito de “policial celeste”, “o portador do patriotismo celeste na cultura russa”, em contraste com a “polícia terrestre, dedicada a dispersar manifestações (...) e perseguir presos políticos”. 

O grupo já protagonizou vários choques com o Executivo de Vladimir Putin e encabeçou numerosos protestos contra seu Governo.

A polícia celeste é quem organiza o belo carnaval desta Copa. A polícia terrestre tem medo de comemorações (...).

Quando a polícia celeste entra em jogo, exigimos: a libertação de todos os presos políticos, que não se prenda por likes, o fim das prisões ilegais em manifestações, que se permita uma disputa política no país, que não se fabriquem acusações penais, que não haja gente presa sem motivo, e que a polícia terrestre se torne polícia celestial”, declara o coletivo no comunicado, publicado em suas redes sociais.

Uma das integrantes da banda, Olga Kurachiova, afirmou em declarações telefônicas à agência Reuters que foi uma das pessoas que invadiu o campo e que está presa na delegacia do estádio.

 

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