Postado às 05h00 | 18 Jun 2018
Folha
Os benefícios fiscais no Brasil custam aos cofres públicos aproximadamente 4% do PIB (Produto Interno Bruto), o dobro da média mundial, de 2%, de acordo com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
Além de vultosos, em muitos casos esses incentivos beneficiam poucas empresas e setores, apesar de a conta ser paga por toda a população.
Rachid ainda aponta, como exemplo da inadequação de parte dos benefícios fiscais no Brasil, a abrangência da isenção de impostos federais concedida aos produtos que formam a cesta básica.
Em 2013, uma série de itens foi incluída na cesta, como salmão, caviar, filé mignon e todos os tipos de queijo.
O Brasil é um ponto fora da curva em relação a outros países em subsídios?
Diz Rachid: Em primeiro lugar, o incentivo tributário pode ser concedido. Outros países adotam, assim como nós adotamos.
Acontece que esses benefícios têm que ser muito bem aplicados.
Qual a média de outros países em termos de benefícios fiscais?
A média do mundo é 2% do PIB em termos de incentivos.
O nosso é o dobro, e o dobro gerando inclusive algumas distorções.