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Escândalo nacional: partidos políticos já "embolsaram" R$ 2 bi para garantir a reeleição de quem tem mandato

Postado às 05h19 | 13 Mai 2018

Neste domingo leia a coluna nacional de Cláudio Humberto, acessando: https://bit.ly/1EgxbFr

Com destaque a coluna informa:

Os 35 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faturaram mais de R$260 milhões com o Fundo Partidário apenas nos primeiros quatro meses do ano e garantiram mais de R$2 bilhões para nadar em dinheiro (público) nas eleições.

É que o Fundo Partidário não inclui os cerca de R$1,8 bilhão do “fundão eleitoral”, criado para bancar as campanhas milionárias sem a doação empresarial, proibida por lei.

Com R$35 milhões, o PT tem a maior fatia do Fundo Partidário porque a divisão se baseia na eleição de 2014 e não no pífio resultado de 2016

PSDB de Aécio (R$28,5 milhões) e o MDB de Temer (R$27,7 milhões) completam o trio que mais recebe dinheiro do Fundo Partidário.

Os 10 maiores partidos vão receber 73% do valor do fundão eleitoral e a tendência será manter a enorme diferença entre grandes e nanicos.

2018 será a eleição mais corrupta da história nacional.

Ao invés de empresas privadas o dinheiro virá do Orçamento da União.

O Congresso aprovou uma reforma, que somente favorece recursos para quem tem mandato e irá, com certeza, reeleger-se.

Para candidatos à presidência em 2018, o teto de dinheiro público será de R$ 70 milhões.

Para governador, até R$ 21 milhões, e senador, até R$ 5,6 milhões.

Deputado federal e estadual, terão teto de gastos de R$ 2,5 milhões e R$ 1 milhão, respectivamente.

Como se não bastasse, as empresas privadas poderão arrecadar “vaquinhas” para os candidatos.

Claro, os candidatos com mandato, que têm maior poder de influência.

Para isso será preciso realizar, por exemplo, a identificação de cada doador, com CPF, e os valores doados individualmente.

 Também devem ser indicadas a forma de pagamento e a data de doação.

As empresas com cadastro aprovado pelo TSE estão autorizadas a arrecadar recursos a partir de 15 de maio de 2018.

O cadastro das companhias interessadas em prestar o serviço de financiamento coletivo de campanhas eleitorais começou no dia 30 de abril.

Outra imoralidade aprovada pelo Congresso, que só ajudará quem já seja conhecido e tenha mandato.

Sabe aquele carro de som que, em época de eleição, passa o dia inteiro na sua rua com musiquinha de campanha aos berros?

Só vai ser permitido se o próprio candidato estiver — em carne e osso — dentro do veículo.

Com Copa do mundo ficará reduzido o prazo de campanha.

Eleição de 2018, sem dúvida, mais uma imoralidade nacional.

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