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Em discurso na Fiesp, Bolsonaro exalta ministros, mas ignora Moro

Postado às 05h35 | 12 Jun 2019

Estado

Em discurso para uma plateia de cerca de mil empresários na sede na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira, 11, o presidente Jair Bolsonaro exaltou cinco dos seus ministros, mas não citou o nome do titular da Justiça, Sérgio Moro.

Mais cedo, o presidente chegou a encerrar uma entrevista coletiva no aeroporto de Congonhas ao ser questionado sobre os áudios vazados pelo site The Intercept Brasil com conversas de Moro com integrantes da força tarefa da Lava Jato quando ainda era juiz.

Em uma fala de improviso de cerca de meia hora, Bolsonaro fez vários elogios ao ministro da Economia, Paulo Guedes, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, da Defesa, Fernando Azevedo e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. “A escolha dos ministros sem critério políticos, mas técnicos, nos faz um governo diferente. Nossa obrigação é não atrapalhá-los”, disse Bolsonaro

'Pressões'

O presidente também falou sobre a “pressão” que recebe no cargo. “Poucos resistiriam às pressões que recebo sentado naquela cadeira presidencial”, afirmou. “Ruralistas foram ver se colocavam ministro deles lá (na pasta da Agricultura). Eu disse que tudo bem, mas que tiraria o (Ricardo) Salles do Meio ambiente e colocaria o Zequinha Sarney (ex-ministro do Meio Ambiente) lá”, brincou Bolsonaro.

Em outro momento, o presidente abordou as dificuldades da rotina no cargo. “Perdi toda minha liberdade. Não posso ir ao shopping. Mas vale a pena”. No discurso feito em púlpito ao lado de Paulo Guedes, o presidente fez reiterados elogios ao ministro da Economia e o chamou de “almirante” ao comparar a votação da reforma da Previdência à batalha de Riachuelo da Guerra do Paraguai.

“Conheci o Paulo Guedes um ano antes da campanha. Nasceu quase uma paixão entre nós, com todo respeito. Confesso que tinha algumas ideias diferentes das dele, mas me converti à economia de Paulo Guedes”, disse Bolsonaro. Ele voltou a afirmar que deu “100%” de carta branca ao ministro para compor seu ministério e o chamou de “meu posto Ipiranga”.

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