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Carlos Eduardo, Fátima e Fábio enfrentam “mar revolto”, com risco de tempestade, na disputa pelo governo do RN

Postado às 07h13 | 10 Jun 2018

Cada dia mais tumultuado e indecifrável o quadro político-eleitoral do Rio Grande do Norte.

Menos de quatro meses para a eleição e não há nomes totalmente definidos, nem favoritos.

Tudo em função das oscilações das pesquisas e indefinições dos próprios candidatos, que enfrentam dificuldades na formação de coligações.

A análise a seguir concentra-se nos três principais nomes lançados para o governo do estado: Carlos Eduardo, Fátima Bezerra e Fábio Dantas.

O maior problema para esses três candidatos é a formação de coligação de apoio.

As dificuldades nascem nas “pressões” por cargos, ajudas financeiras, fisiologismos e vão até a “esperteza” dos partidos, que só pensam na eleição proporcional (maior número de deputados), o que lhes permitirá, no futuro, abocanhar maior fatia do milionário Fundo Eleitoral.

Pode-se dizer em relação aos “donos” de partidos: eles só pensam naquilo!!!

Nesse contexto, os candidatos ao governo e senador ficam “no sereno” e terão que ir a luta sozinhos, apenas com apoios esparsos.

Será um mal que vem para o bem?

Será melhor “antes só do que mal acompanhado”?

A visão passada da nossa política, talvez não concorde com essas máximas.

Mas, se olhado o momento de inquietação popular e os “pepinos” que enfrentam os partidos e lideranças tradicionais, os dois “ditados populares” citados terão inteira e total procedente.

Vejamos os três principais nomes lançados.

Carlos Eduardo é sem dúvida o que tem demonstrado, até o momento, maiores possibilidades de crescimento eleitoral estável.

As razões dessa posição favorável seriam (1) ter boa imagem como gestor em Natal; e (2) dispor de uma legenda – o PDT – em crescimento com a candidatura de Ciro Gomes, que lhe assegura o “handicap” de, se eleito, ter total acesso ao Palácio do Planalto para administrar o RN.

Carlos Eduardo é um candidato que poderá sobreviver na luta eleitoral, mesmo com uma coligação reduzida de partidos, tendo em vista a sua imagem de bom administrador.

Esse fato, em época tão tumultuada da vida nacional, pesará muito na decisão do eleitor, independente do apoio de aou c, políticos tradicionais.

Fátima Bezerra mantem-se no cultivo do seu capital eleitoral, que é o eleitorado fiel ao lulismo.

Por isso, as pesquisas lhe asseguram, em média, quase um terço das preferencias do eleitorado.

Ultimamente, tem feito incursões no empresariado, acenando para indicação de companheiros de chapa desse segmento (vice-governador), desejando repetir o exemplo de Lula, quando colocou o empresário José de Alencar como seu vice em 2002.

Em verdade, até agora, Fátima Bezerra em termos de partidos de expressão, dispõe em sua coligação apenas do seu PT.

PHS e PCdoB ensaiam “lançamentos” de nomes coligados, mas até no caso da deputada Zenaide Maia, candidata ao senado com Fátima, reduto eleitoral como o de São Gonçalo do Amarante, ligado ao seu esposo, opta por candidaturas na chapa proporcional, que não sejam petistas.

O exemplo é a estiagem de votos enfrentada pelo deputado Mineiro, que disputará a Câmara Federal, e não conta com a solidariedade dos grupos que se aliam ao PT, no apoio à Fátima.

As chances de Fátima não dependerão fundamentalmente da ampliação de sua coligação, mas da manutenção dos votos do lulismo e o crescimento entre a quase metade de eleitores indecisos.

Se alcançar 40% dos votos estará no segundo turno.

Ela como Carlos Eduardo é competitiva, mesmo com reduzido apoio de partidos.

Fábio Dantas insiste em manter-se na disputa eleitoral.

Tem o estilo que em política se diz “come quieto” (bom menino – inofensivo), persistente e risonho.

Assemelha-se muito ao estilo Marco Maciel, ex-vice-presidente de FHC, sem dúvida um homem de bem.

Até agora, Fábio não demonstra crescimento.

Movimenta-se a “tira colo” com um candidato ao senado (José Vieira), desconhecido no estado, originário de Minas Gerais, que começa na política pelo “topo” (candidato ao senado), levando consigo a credencial de presidir uma entidade de classe de classe, realmente de importância na área empresarial.

Nesse mar revolto, aproxima-se 5 de agosto – data fatal para aprovação de candidaturas em Convenções dos partidos – e as dúvidas e dificuldades se multiplicam.

Cenário propenso a tempestades.

E realmente indecifrável!!!!

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