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Bolsonaro nomeia Rogério Marinho ministro para evitar que ele deixasse o governo

Postado às 05h01 | 07 Fev 2020

Diário do Poder - Claudio Humberto

O ex-ministro Gustavo Canuto estava marcado para ser demitido por ser um “roda presa” mesmo, como o definia o presidente Jair Bolsonaro.

Mas a substituição foi precipitada após Rogério Marinho cogitar sua saída da Secretaria de Previdência e Trabalho.

Para não perder um gestor que admira, Bolsonaro agiu rápido e ofereceu ao político potiguar o Ministério do Desenvolvimento Regional. 

O ex-ministro Canuto era muito criticado pela lentidão. Solicitações de parlamentares e até do Planalto nunca andavam.

A pachorra com que Canuto tratava as demandas da Secretaria de Governo fazia parecer que ele as tratava com má vontade.

Bolsonaro esperou do ministério, enorme, que cuidava de transposição do São Francisco, mobilidade, habitação, saneamento, defesa civil…

GLOBO registra que Interlocutores da equipe econômica dizem que Canuto foi demitido porque não conseguiu entregar resultados e o que o segurava no cargo era a avaliação do presidente de que ele era competente. Teria pesado também na demissão a briga dele com o ministro Economia, Paulo Guedes.

Canuto também fez desafetos em outras áreas de governo, como a Caixa Econômica Federal, por exemplo. Nos bastidores, havia queixas de que ele estaria atuando politicamente, beneficiando adversários do governo, como governadores do Nordeste.

Com orçamento de quase 14 bilhões de reais, o Desenvolvimento Regional assumiu as funções que antes eram do Ministério das Cidades. É responsável por projetos na área de habitação, como o Minha Casa Minha Vida, de saneamento básico e de irrigação de áreas rurais. Se bem administrado, torna-se uma ótima vitrine política eleitoral.

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