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Bolsonaro diz que falta humildade a Mandetta, mas que não demitirá ministro 'na guerra'

Postado às 05h54 | 03 Abr 2020

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou hoje que não pretende demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à pandemia do coronavírus. Mas reconheceu que os dois vêm se "bicando"em razão de divergências sobre a poítica de isolamento social como forma de combater o crescimento do contágio da doença, preconizado pelo ministro, contra a vontade do presidente. 

"Não pretendo demiti-lo no meio da guerra, mas em algum momento ele extrapolou. Sempre respeitei todos os ministros. A gente espera que ele dê conta do recado. Não é uma ameaça para o Mandetta. Nenhum ministro meu é 'indemissível', como os cinco que já foram embora", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan.

"Em alguns momentos, acho que o Mandetta teria que ouvir mais o presidente. Ele disse que tem responsabilidade, mas ele cuida da saúde, o (Paulo) Guedes... da economia e eu entro no meio. O Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando humildade para ele conduzir o Brasil neste momento", alegou 

Para Bolsonaro, "aquela histeria, aquele clima de pânico, contagiou alguns lá (dentro do Ministério da Saúde)". "Já está no momento de todo mundo botar o pé no chão", cobrou.

Bolsonaro disse esperar poder logo aliviar medidas de isolamento social. Mas que, para isso, depende de apoio da população. "Tenho um projeto de decreto que considera atividade essencial toda aquela exercida que indispensável para ele lepara ele levar o pão para casa. Eu, como chefe de Estado, tenho que decidir. Se chegar esse momento, vou assinar essa MP", disse.

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