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Análise do “blog” sobre a pesquisa “FM98-CONSULT”, na realidade pré-eleitoral do RN

Postado às 05h30 | 10 Mar 2018

Do editor

A propósito da divulgação ontem, 9, da pesquisa da FM98-CONSULT cabem algumas observações.

Para quem realmente deseja enxergar a pré-realidade da eleição futura, dois pontos podem ser apontados como fundamentais numa análise de pesquisa eleitoral, sobretudo faltando tanto tempo para o pleito.

São eles: a eficácia da “pesquisa não estimulada” e a “rejeição”.

ESTIMULAR OU NÃO A PESQUISA

Em razão dos avanços da mídia social, a verdade de uma pesquisa eleitoral, sobretudo em estágio pré-eleitoral, seria a sondagem “não estimulada”, ou seja, aquela em que os candidatos não são apresentados ao eleitor.

Tal lógica justifica-se, sobretudo antes das convenções, diante da não confirmação dos possíveis nomes.

A pesquisa estimulada (com citação de nomes) era válida na época da utilização no processo eleitoral de cédulas impressas, com a citação dos candidatos.

Hoje, não é mais assim.

Além do mais, a “pesquisa estimulada” é aplicada com base em especulação e abre a porta para “exclusões” premeditadas de nomes, ou “inclusões” apenas para lembrar ou favorecer.

A partir da urna eletrônica tudo mudou.

O nome do candidato não aparece no computador, na hora de votar.

O eleitor é obrigado a saber com antecedência em qual candidato irá votar e o número a ser digitado.

A VERDADEIRA SIMULAÇÃO

Sendo assim, a pesquisa “não estimulada” seria a verdadeira simulação, do que poderá acontecer no resultado final.

Ao contrário, a “pesquisa estimulada”, com menção a nomes, pode excluir algumas preferencias não relacionadas e de certa forma obriga o eleitor a aceitar os citados.

Esse fato condiciona o pesquisado a não concordar com nenhum dos mencionados na listagem, e assim negar-se a opinar, prejudicando o resultado final, pelo fato de ter preferencia por um nome não citado.

A lógica, portanto, seria a aplicação com ênfase maior da “pesquisa não estimulada”, o que aproximaria verdadeiramente a simulação da eleição futura e os prováveis resultados eleitorais.

EXEMPLO

Partindo-se da pesquisa da FM98-CONSULT teria razão o jornalista Robson Pires, quando registra em seu “blog”, que os três candidatos mais prováveis ao governo do estado do RN seriam, no momento, Fátima Bezerra (5.41%), Carlos Eduardo (1.94%) e Robinson Faria (1.35%).

Por quê?

Pelo fato da pesquisa “espontânea” ter atribuído a esses nomes percentuais acima dos demais pré-candidatos.

Observe-se, por exemplo, que na pesquisa da FM98-CONSULT para o senado da república foi colhido o incrível índice de quase 90% de “não sabe”, em relação aos nomes sugeridos pelo pesquisador.

Quer dizer: o resultado divulgado para o senado é uma ilusão, pois corresponde a fatia aproximada de apenas 10% do eleitorado.

REJEIÇÃO

Outro item de análise fundamental é a “rejeição”.

Nesse caso, a colheita de informação, através da “pesquisa estimulada”, é válida para àqueles que estejam exercendo mandatos eletivos, ou sejam políticos notoriamente conhecidos.

Em tal hipótese, a “pesquisa estimulada” ajudaria uma conclusão mais consistente, na medida em que abre para o eleitor a possibilidade de fazer restrições a nomes específicos.

Seria válida também, nesse caso da rejeição, a “pesquisa não estimulada” para dar mais liberdade ao eleitor de manifestar-se.

A conjugação dos dois índices permitiria razoável consistência na determinação dos efeitos eleitorais do item “rejeição”.

CONCLUSÃO

A pesquisa da FM98-CONSULT revela excelente qualidade da metodologia utilizada.

As observações feitas nesse comentário são em tese, apenas uma opinião do editor.

Em nada se opõe a idoneidade do que foi divulgado, respeitado o método usado pelo Instituto responsável – a CONSULT -, aliás de excelente conceito.

De prático e objetivo, a pesquisa revelou que a eleição de 2018 dá apenas os seus “primeiros passos’.

Nada existe de definitivo.

 Ninguém pode considerar-se eleito, ou derrotado.

A média é que, em cada 10 eleitores, 8 não saibam em que vai votar nas eleições majoritárias (senador e governador).

O dado mais real é o da rejeição aos governos Temer e Robinson, como também aos dois atuais Senadores do RN.

Nesse particular, os índices apurados são uma fotografia 3x4 da situação política, eleitoral e administrativa, no dia de hoje.

Amanhã poderá mudar?

Só Deus sabe!

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